sábado, 19 de dezembro de 2009

Relacionamentos que duram.

As pessoas pós-modernas não querem se envolver, muitos querem só curtir e justificam essa preferência dizendo ser muito complicado e imprevisível o ser humano. Essas pessoas agem como se elas fossem “extraterrestres”, vindo de fora do planeta Terra, previsíveis e perfeitos. Quem sabe eles não o são de outra galáxia? E estão aqui para abduzir os terrrrrráqueos. Brincadeirinha genteeee!

A pior coisa é gente que tem medo de se envolver. Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta. Se tal pessoa não quer se envolver por achar os outros imprevísiveis, melhor então seria que namorasse uma planta! É mais previsível. Na vida e no amor, não temos garantias, e isso se dá justamente porque se encontra imprevisão e imperfeição em TODAS as pessoas. É preciso compartilhar momentos bons e buscar tirar proveito até mesmo das coisas que não são boas, já que não tem como fugir delas. 

Antigamente se namorava sério e por muito tempo até o casamento. Mas as pessoas passaram a “ficar” uma com a outra, descompromissadas, e isso já é passado também! Segundo Arnaldo Jabor, jornalista crítico, o que rola no momento é “namorix”! Segundo ele a pessoa pode ter um, dois e até três namorix ao mesmo tempo. Dificilmente está apaixonada por seus namorix, mas gosta da companhia do outro e de manter a ilusão de que não está sozinha.

Os adeptos do “namorix” dizem ser de ninguém e de todo mundo e que todo mundo é deles. O negocio é só curtição! Vão para baladas e lá se sabe o que acontece. Gente! Cuidado com a abdução! (Vocês estão quase levando a sério né? Kkk)

No entanto, passado o efeito do uísque com energético e dos beijos descompromissados, essas pessoas se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigo mais chegado e reclamam de solidão como também de descaso e rejeição por parte dos outros.

Essas pessoas desconhecem a delícia de se conviver, de assistir um filme juntos, o prazer de dormir junto abraçado, de ouvir a melodia do ronco do outro (isso não é brincadeira é verdade gente, kkk). Desconhecem a troca de cumplicidade, carinho e amor. E se não mudarem de atitude jamais saberão o que é um relacionamento duradouro.

Na verdade algumas pessoas têm medo de se envolverem e não serem correspondidas, e há aquelas que não sabem amar, mas a questão do amor não é fortuita, eventual, acidental, mas relacional. Podemos aprender amar se relacionando, amor se aprende, trocando experiências, afetos, conflitos e sensações.

Alguns acharão tudo isso uma caretice! “Coisa do antigamente!”, “o que rola hoje é outras paradas!” Mas gente boaaaaa! Não é preciso amar sob os conceitos que nos foram passados, mas amar sem medo, pois já dizia João: “No amor não existe medo, antes, o perfeito amor lança fora todo medo. Ora o medo produz tormento, logo, aquele que teme (se apavora) não é aperfeiçoado no amor”. 1 João 4.1

Bem, mas existem por outro lado aqueles que buscam relações mais sólidas e duradouras. Mas é preciso considerar um fator de suma importância, o conhecer o outro antes de se casar, para depois o príncipe/princesa não se transformar em sapo/sapa. Apesar de que as pessoas mudam com a união matrimonial, pois passam a dividir o mesmo espaço e coisa e tal, mas não uma mudança assim tão monstruosa, só se é se não se conhece.

Então é melhor conhecer bem seu/sua sapinho/sapinha, e acreditem, não existe essa que toda panela tem sua tampa, as pessoas não se complementam, ninguém nunca completaria alguém, se isso fosse possível seria muito fácil de conviver. Acreditem, pessoas se somam.

Se fizerem uma reflexão bíblica sobre o casamento verão que há veracidade no que digo: "por isso deixa o homem pai e mãe, e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne". (Gn 2.24). É uma matemática muito doida! 1+1=1, mas não deixa de ser uma somatória.

Tornar-se uma só carne significa que um soma-se ao outro, respeitando os limites e necessidades, compartilhando as emoções, sentimentos, pensamentos, expressando e vivendo o amor.

Só queeeeeee, no começo, tudo são flores, e vocês podem até viverem felizes para sempre... Mas o pra sempre acaba quando os obstáculos comuns a longas relações entram em cena. E esses obstáculos são de uma variedade imensa!

Rancores, incompreensões, repreensões, lamentos, incompatibilidades, dificuldades aparecem e se não administradas, tornam a vida difícil e amarga a dois. Neste momento, inúmeros questionamentos levam a pensar "o quanto tal pessoa mudou não se parece em nada com o príncipe/princesa com o qual me casei". Na verdade, alimentam uma ilusão de que o outro se transformou em outra pessoa, a qual literalmente não reconhece.

O que acontece é que no sentido natural da vida, as pessoas amadurecem, mudam suas exigências, seus pontos de vista, opiniões e etc. Viver leva a transformação! E querem saber ninguém esta com a razão ou o principal, não é quem tem razão, mas como resolver os fatores que afastam um do outro.

Se o casamento não estiver assentado em bases sólidas, basta surgir os primeiros problemas para ele ir para o espaço. E é justamente nessas horas que precisa haver um entendimento, é justamente em momentos assim, que ambos precisam saber escorar-se.

Enfim, ao longo da convivência, desgastes acontecerão, é importante estar aberto para uma nova caminhada, estar aberto para o perdão. O pedido de perdão sempre reaproxima as pessoas. É muito importante o processo de reconquista, para aqueles que desejam manter um relacionamento duradouro.

Iniciar com o perdão é abrir a porta para um novo e bom caminho...

Li uma frase de autoria de Maria Tereza Maldonado, que diz assim: “Uma fina trama de alegrias, tristezas, dores e ganhos compõe o tecido dos casamentos duradouros”.

Aproveitem a vida e se amem...

Graça e Paz.

Pra. Adriana Reis

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Isaías - O Profeta messiânico


Isaías era um profeta do Reino do Sul, Judá, na época em que o Reino do Norte, Israel, acabara de ser destruído pelos assírios. Seu nome significa “Jeová é salvação” exerceu o seu ministério no reino de Judá, tendo se casado com uma esposa conhecida como a profetisa que foi mãe de dois filhos: Sear-Jasube e Maer-Salal-Hás-Baz. Isaías 7.3 e 8:3

Isaías, o "São Paulo" do Antigo Testamento, começou o seu ministério muito jovem, entre os vinte e trinta anos, nasceu e foi educado em Jerusalém, sendo de uma família judaica distinta e ligada por parentesco à família real. Sua erudição fica clara através do vocabulário e estilo impressionantes. Sua obra é ampla e foi comunicada maravilhosamente. Este grande poeta e profeta era considerado, sincero e compassivo.

Ele viveu durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias. A tradição talmúdica diz que os seus perseguidores o serraram ao meio durante o reinado de Manasses (Cf Hb 11.37). Deus o vocacionou no ano em que o rei Uzias morreu. Podemos com alguma certeza mencionar que o seu ministério foi compreendido entre 740 e 700 a. C. Sendo contemporâneo à destruição de Samaria pela Assíria e à resistência de Jerusalém ao cerco das tropas de Senaqueribe que sitiou a cidade com um exército de 185 mil assírios em 701 a.C. Como contemporâneo de Oséias e Miquéias, ele profetizou durante os últimos anos do Reino do Norte, mas ministrou ao reino de Judá, o qual começava a seguir os mesmos caminhos pecaminosos de seu irmão Israel.

Isaias é um Profeta Maior. São assim designados também, Jeremias, Ezequiel e Daniel, tomando-se como base a extensão do seu ministério e o conteúdo de suas pregações. Alguns destes profetas tiveram ministérios extensos e uma grande influência sobre a nação hebraica nos seus piores momentos, já próximo que estava o juízo de Deus na forma do cativeiro. Ezequiel e Daniel souberam muito bem o que foi este período já que estavam juntos com o povo em terras estrangeiras. A literatura contida nos escritos dos profetas em geral descreve os dias tenebrosos da nação israelita.

Isaías é o maior dos profetas. A posição que lhe foi dada no cânon faz jus pela distinção e sublimidade de suas revelações e de seu estilo. O mais eloqüente de todos os profetas, é também o mais citado no Novo Testamento, sendo considerando o “quinto evangelho”, dadas o grande número de profecias messiânicas que vaticinou.

Isaías é uma Bíblia em miniatura. Os primeiros 39 capítulos - como também os 39 livros do Antigo Testamento - estão repletos de juízo sobre os homens idólatras. Judá pecou; as nações ao redor pecaram; a terra toda havia pecado. O juízo viria, pois Deus não poderia permitir que o pecado em tal proporção continuasse sem punição. Mas os 27 capítulos finais - como os 27 livros do Novo Testamento - trazem uma mensagem de esperança. O Messias chegará como Salvador e Soberano para levar uma cruz e usar uma coroa. O ministério profético de Isaías cobre um período de quatro reinados em Judá e entende-se por pelo menos 40 anos.

Foi considerado o profeta messiânico, visto que estava totalmente incumbido da idéia de que seu povo seria uma nação abençoada por uma grande benção vindoura, ou seja, o Messias que Deus enviaria e que traria a paz, justiça e a cura espiritual para o mundo e a salvação de suas vidas por toda a eternidade

Quando fala de Cristo, Isaías mais parece um escritor do Novo Testamento do que um profeta do Antigo Testamento. Suas profecias messiânicas são mais claras e mais explicitas que quaisquer outras do Antigo Testamento. Elas descrevem diversos aspectos da pessoa e obra de Cristo em seu primeiro e segundo advento, muitas vezes juntando os dois.

Eis algumas profecias Cristológicas e o seu cumprimento no Novo Testamento: (Is 7.14; Is 9.1-2; Is 9.6; Is 11.1; Is 11.2; Is 28.16; Is 40.3-5; Is 42.1-4; Is 42.6; Is 50.6; Is 52.14; Is 53.3; Is 53.4-5; Is 53.7; Is 53.9; Is 53.12; Is 61.1-2) Cumprimento no Novo Testamento (Mt 1.22-23; Mt 4.12-16; Lc 2.11; Ef 2.14-18; Lc 3.23;32; At 13.22-23; Lc 3.22; 1ª Pe 2.4-6; Mt 3.1-3; Mt 12.15-21; Lc 2.29-32; Mt 26.67; 27.26-30; Fp 2.7-11; Lc 23.18; Jo 1.11; 7.5; Rm 5.6,8; Mt 27.12-14; Jo 1.29; 1ª Pe 1.18-19; Mt 27.57-60; Mc 15.28; Lc 4.17-19,21)

O Antigo Testamento tem mais de 300 profecias sobre a primeira vinda de Cristo, e Isaías com grande número delas. As chances de que oito dessas profecias pudessem se cumprir em apenas uma pessoa já é um prodígio da estatística. As profecias messiânicas de Isaías que se cumprirão na segunda vinda de Cristo são: Is 4.2; 11.2-6,10; 32.1-8; 49.7; 52.13,15; 59.20-21; 60.1-3; 61.2-3.

O cumprimento de profecia é uma das provas mais fortes de que a Bíblia é inspirada por Deus e que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus. O Novo Testamento cita e aplica mais textos do livro de Isaías do que de qualquer outro profeta do Antigo Testamento.

O "Evangelho segundo Isaías possui três seções principais, conforme abaixo:

Profecias Condenatórias (1-35). A primeira mensagem de condenação de Isaías é direcionada aos seus compatriotas de Judá (1-12). Is 1 é uma mensagem encapsulada de todo o livro. Judá está assolada pela doença moral e espiritual; o povo nega a Deus ao se curvar ao ritualismo e ao egoísmo. Mas Yahweh, graciosamente, convida o seu povo a arrepender-se e voltar-se para ele, porque esta é a única esperança de se evitar o juízo. O chamado de Isaías para proclamar a mensagem de Deus é encontrado em Is 6, sendo logo seguido pelo livro do Emanuel (7-12). Esses capítulos possuem repetidas referências ao Messias (7.14; 8.14; 9.2,6-7; 11.12) e antecipam as bênçãos do seu futuro reino.

O profeta sai do julgamento local e parte para o julgamento regional, proclamando uma série de oráculos contra as nações em redor (13-23). As onze nações são Babilônia, Assíria, Filistia, Moabe, Damasco (Síria), Etiópia, Egito, Babilônia (novamente), Edom, Arábia, Jerusalém (Judá) e Tiro. O pequeno apocalipse de Isaías (24-27) descreve a tribulação universal seguida pelas bênçãos do reino. Os capítulos 28-33 pronunciam seis "ais" sobre Israel e Judá por causa dos pecados específicos. A condenação profética falada por Isaías termina com um quadro geral de devastação internacional que precederá a benção universal (34-35).

Parêntese histórico (36-39). Este parêntese histórico olha retrospectivamente para a invasão assíria e Judá, em 701 a.C., e antecipa a invasão babilônica de Judá. Judá escapa do cativeiro assírio (36-37; 2Rs 18-19), mas não escapará das mãos da Babilônia (38-39; 2Rs 20). Deus responde a oração do rei Ezequias e liberta Judá da destruição assíria sob Senaqueribe. Ezequias também se volta para o Senhor em sua doença e recebe um prolongamento de 15 anos para a sua vida. Mas ele, ingenuamente, mostra todos os seus tesouros aos mensageiros babilônicos, e Isaías diz que, um dia, os babilônicos voltariam e carregariam os seus tesouros e descendentes para a terra deles.

Profecias de Conforto (40-66) Tendo proferido a condenação divina sobre Judá, Isaías o conforta com as promessas de Deus de esperança e restauração. A base para esta esperança é a soberania e a majestade de Deus (40-48). Dos 216 versículos que compõem estes 9 capítulos, 115 falam da grandeza e do poder de Deus. O Criador e contrastado com os ídolos, criação dos homens. Seu caráter soberano é a segurança da restauração futura de Judá. A Babilônia realmente os levará cativos, mas ela também será julgada e destruída, e o povo de Deus será liberto do cativeiro.

Os capítulos 49-57 se concentram na vinda do Messias, o qual será o Salvador e Servo Sofredor do povo. Este, que será rejeitado, mas também exaltado, pagará as nossas iniqüidades e nos introduzirá num reino e paz e justiça sobre toda a terra. Todo aquele que reconhecer os seus pecados e crer Nele será liberto (58-66). Nesse dia, Jerusalém será reconstruída, as fronteiras de Israel se expandirão e o Messias reinará em Sião. O povo de Deus confessará seus pecados, e os seus inimigos serão julgados. Paz, prosperidade e justiça prevalecerão, e Deus fará novas todas às coisas.

O fim principal de suas profecias é lançar em rosto aos judeus sua infidelidade e anunciar-lhes os castigos de Deus, com a final redenção, consumada pelo Messias. Fala com tanta clareza de Jesus Cristo e de sua Igreja, que, conforme Jerônimo, mais parece evangelista que profeta. O próprio Salvador aplicou a si muitas profecias de Isaías, e os evangelistas e apóstolos citam várias vezes o cumprimento delas em Jesus Cristo.

O livro pode ser dividido em duas partes:

1. Primeira parte: 1-37
1.1 – Introdução: 1-6
1.2 – Profecias do tempo de Acaz: 7-12
1.3 – Profecias contra nações estrangeiras: 13-27
1.4 – Profecias do tempo de Ezequias: 28-37

2. Segunda parte: 38-66

2.1 – Exílio na Babilônia: 38-40
2.2 – Os libertadores temporal e espiritual: Ciro e Cristo: 40-48
2.3 – O Messias sofredor: 49-57
2.4 – O reino messiânico: 58-66

A unidade do livro tem sido contestada por críticos que sustentam que existia mais de um autor do livro. Segundo esses críticos dos sessenta e seis capítulos do livro, menos de 20 pertencem ao profeta do século VIII a.C. que viveu em Jerusalém e atuou durante os governos dos reis Jotão, Acaz e Ezequias. Estes quase vinte capítulos estão concentrados na primeira parte do livro, em Is 1-39, que a crítica chama de Proto-Isaías, e alegam que apresentam um pano de fundo assírio, e os restantes apresentam mensagem contra a Babilônia, entretanto um estudo aprofundado no livro de Isaías mostrará que a Babilônia também é mencionada pelo menos duas vezes mais nos capítulos 1-39 do que nos subseqüentes. Os críticos dizem que os capítulos 40-55 foram produzidos por um profeta anônimo durante o exílio babilônico, e chamam este profeta pelos apelidos de Dêutero-Isaías, Segundo Isaías, Isaías Junior....Ainda, segundo os críticos, depois do exílio, em Judá, forma escritos os capítulos 56-66 e vários outros que estão dentro de Is 1-39 por outros profetas anônimos. Segundo eles, Is 56-66 é chamado hoje de Trito-Isaías ou Terceiro Isaías. Os críticos dizem que existiam grandes diferenças na linguagem, no estilo e na teologia das duas seções. Na verdade, as semelhanças são maiores que as diferenças entre 1-39 e 40-66. Isto inclui similaridade de pensamentos, imagens, ornamentos retóricos, expressões e características locais. É verdade que a primeira seção é mais sucinta e racional, enquanto que a segunda é mais fluente e emocional, mais muito disso se deve ao assunto: condenação versus consolação. Os críticos costumam esquecer que o conteúdo, à época e as circunstâncias normalmente afetam o estilo do autor.

Além disso, não há nenhuma contradição teológica entre a ênfase no Messias com Rei em 1-39 e o Servo Sofredor de 40-66. Embora a ênfase seja diferente, o Messias é visto em ambas as seções como Servo e Rei. Outro argumento dos críticos é que Isaías não poderia ter previsto, com 150 anos de antecedência, o cativeiro babilônico e o retorno sob o reinado de Ciro (citado pelo nome em Is 44 e 45). Esta visão está baseada na suposição de que a profecia divina não existia, rejeitando assim todos os clamores proféticos do livro (ler Is 42.9). Esta teoria não pode explicar as maravilhosas profecias messiânicas de Isaías que foram literalmente cumpridas na vida de Cristo.

A unidade de Isaías é apoiada pelo Livro de Eclesiástico, a Septuaginta e o Talmude. O Novo Testamento também defende que Isaías tenha escrito o livro completo. Jo 12.37-41 cita Is 6.9-10 e 53.1 e atribui essas duas passagens a Isaías. Em Rm 9.27 e 10.16-21, Paulo cita Is 10; 53; 65 e dá crédito das passagens a Isaías. O mesmo vale para Mt 3.3 3 12.17-21, Lc 3.4-6 e At 8.28. Se os capítulos 40-66 foram escritos por outro profeta depois dos eventos terem acontecidos, a obra é corrupta e enganosa. Além disso, ela levaria à estranha conclusão de que o maior profeta de Israel é o único profeta do Antigo Testamento que escreve sem revelar o seu nome.

O "Shakespeare" dos profetas!

Graça e Paz.

Pra. Adriana Reis

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Modelos de igrejas de Richard Niehbur e de Richard Shaull.

O evangelho deixa claro que o cristão tem uma responsabilidade humana e social. Mas isso nem sempre acontece, e nem sempre a resposta da igreja é adequada às necessidades do mundo que nos cerca. Os cristãos também têm sido social e humanamente insensíveis, sexistas, racistas, opressores, exploradores, como tantos outros em nossas sociedades.

Richard Niehbur expõe alguns modelos de igrejas que não se comprometem com o foco do Reino, em se envolver com a realidade de seu contexto, e acabam se tornando “isoladas” e falsamente proféticas “mundanas”. Entretanto, apresenta outro modelo de igreja, na íntegra se caracteriza por ser responsável, e lhe apresenta como apóstola, pastora e pioneira. Esse modelo revela-se como uma igreja que está interligada com os assuntos do Reino de Deus inserido na sociedade.

A função da igreja é a responsabilidade com Deus, ou seja, de impactar a sociedade com o amor e o poder de Deus e isso só poderá ser feito a partir do momento em que a igreja apoiar aqueles que já tomaram a iniciativa e principalmente se unir para que novas formas de apoio a sociedade possam surgir.

Neihbur conceitua, Igreja como a reunião daqueles que motivados pela ação e presença do Cristo, assumem responsabilidade com Deus pela sociedade. Trata a Igreja como adaptada à perspectiva teocêntrica que vê as cidades como lugar da ação de Deus. De uma Igreja que foi chamada para a responsabilidade, e não para a irresponsabilidade.

E Shaull, por sua vez, colocou em prática uma teologia moderna, desafiadora e de ação, num estilo aberto e ecumênico. O seu modelo era tirar as igrejas do conformismo que se encontravam e, ao saírem da inércia que assumissem a responsabilidade de enfrentarem um mundo novo e tomassem parte das novas mudanças que o momento proporcionava.

Niehbur e Shaull pensavam numa Igreja atuante, que não se detém na passividade, mas que vive como representante de Deus, no intuito de intervir socialmente e humanamente.

Graça e Paz.

Pra. Adriana Reis

MOVIMENTO INDÍGENA A FAVOR DA VIDA

É inacreditável que algo monstruoso assim aconteça em tempos modernos em nome de uma cultura.

Enterrados vivos, afogados ou enforcados. Assim são assassinadas as crianças em tribos indígenas brasileiras, que ainda toleram costumes étnicos contrários à vida de sua própria gente. A realidade é conhecida tanto pela FUNAI quanto pelo CIMI (Conselho Indigenista Missionário da Igreja Católica). Nada é feito para interromper os rituais de execução de crianças.

Há uma lei tramitando no Congresso Nacional para acabar com o infanticídio indígena, mas a opinião pública ignora a questão. Para que os brasileiros possam saber do que está acontecendo, foi lançado o livro INFANTICÍDIO INDÍGENA: A TRAGÉDIA SILENCIADA que pode ser adquirido gratuitamente por meio de download.

A Revista Istoé, de 20 de fevereiro de 2008, publicou artigo intitulado “O garoto indio que foi enterrado vivo – Amalé quase foi morto em nome dos costumes indígenas. E a Funai faz vista grossa ao infanticídio de algumas tribos”.

“A dramática história desse pequeno índio é a face visível de uma realidade cruel, que se repete em muitas tribos espalhadas por todo o Brasil e que, muitas vezes, tem a conivência de funcionários da Funai, o organismo estatal que tem a missão de cuidar dos índios. ...

“A Funai esconde números e casos como este, mas os pesquisadores já detectaram a prática do infanticídio em pelo menos 13 etnias, como os ianomâmis, os tapirapés e os madihas. Só os ianomâmis, em 2004, mataram 98 crianças. Os kamaiurás, a tribo de Amalé e Kamiru, matam entre 20 e 30 por ano. ...

“Os rituais de execução consistem em enterrar vivos, afogar ou enforcar os bebês. Geralmente é a própria mãe quem deve executar a criança, embora haja casos em que pode ser auxiliada pelo pajé”.

Em 20 de agosto de 2008, Edson Bakairi, líder indígena em Mato Grosso, professor licenciado em História com especialização em Antropologia pela UNEMAT e presidente da OPRIMT (Organização dos professores Indígenas de MT) por três anos, escreveu a “Carta Aberta do Movimento Indígena contra o infanticídio”, dirigida ao presidente Lula, à Primeira Dama D. Marisa e à Nação Brasileira.

Proclamou: "Somos índios, somos cidadãos brasileiros!... Portanto manifestamos nosso repúdio à prática do infanticídio e a maneira irresponsável e desumana com que essa questão vem sendo tratada pelos órgãos governamentais. Não aceitamos os argumentos antropológicos baseados no relativismo cultural... "Não aceitamos o infanticídio como prática cultural justificável, não concordamos com a opinião equivocada de antropólogos que têm a pretensão de justificar estes atos e assim decidir pelos povos indígenas colocando em risco o futuro de etnias inteiras."

Bakairi é sobrevivente de uma tentativa de infanticídio. Ele foi abandonado para morrer na mata, mas suas irmãs conseguiram resgatá-lo.

Em seu perfil no blog do Movimento Indígena a Favor da Vida, Bakairi relata: “Sou um sobrevivente! E sei a importância de um posicionamento firme quanto a questão do infanticídio. É importante que os indígenas defendam suas crianças. Há lideranças manipuladas pelos antropólogos que acham que os costumes são intocados. Temos que exercer a capacidade de mudar e combater o que é prejudicial. É difícil ouvir a minha história”.

Testemunhos indígenas a respeito do infanticídio podem ser vistos no blog “MOVIMENTO INDÌGENA A FAVOR DA VIDA”.

Hakani: a indiazinha que foi enterrada viva mas sobreviveu graças a seu irmão. Na foto, com sua mãe adotiva, a Sra. Márcia Suzuki, porta-voz do movimento pela abolição do infanticídio indígena, o ATINI. Na outra foto, estado em que se encontrava a menina quando foi salva. (www.atini.org)

Em apenas seis meses recebendo amor, cuidados e tratamento médico, Hakani começou a andar e falar. O sorriso voltou a iluminar seu rosto. Em um ano seu peso e sua altura simplesmente dobraram. Hoje Hakani tem 12 anos, adora dançar e desenhar. Sua voz, antes abafada e quase silenciada, hoje canta bem alto.

IBGE

Com base no Censo Demográfico de 2000, pesquisadores do IBGE constataram que para cada mil crianças indígenas nascidas vivas, 51,4 morreram antes de completar um ano de vida, enquanto no mesmo período, a população não-indígena apresentou taxa de mortalidade de 22,9 crianças por cada mil. A taxa de mortalidade infantil entre índios e não-índios registrou diferença de 124%. O Ministério da Saúde informou, também em 2000, que a mortalidade infantil indígena chegou a 74,6 mortes nos primeiros 12 meses de vida. Curiosamente, nas notícias do IBGE e do Ministério da Saúde não há qualquer explicação da causa mortes.

Muitas das mortes por infanticídio vêm mascaradas nos dados oficiais como morte por desnutrição ou por outras causas misteriosas (causas mal definidas - 12,5%, causas externas - 2,3%, outras causas - 2,3%).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Venho através destes recortes manifestar meu repúdio à prática do infanticídio e a maneira irresponsável e desumana com que essa questão vem sendo tratada pelos Órgãos Governamentais. Não se deve aceitar os argumentos antropológicos baseados no relativismo cultural. De acordo com a nossa própria Constituição Brasileira de 1988, que em seu artigo 227, determina:

"É dever da família, da sociedade e do Estado, assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.”

A natureza universal dos direitos humanos é inquestionável, independente de suas perspectivas culturais. Os direitos humanos estabelecem um padrão legal de proteção mínima à dignidade humana e a violação a esses direitos é sempre condenável, independente da cultura do violador. Os direitos culturais são legítimos, mas não são ilimitados, é limitado até o ponto em que infringe qualquer outro direito humano. Isso significa que o direito à diversidade cultural não pode ser evocado para justificar a violação de um direito humano.

Preservar a cultura, os costumes, não significa cometer atos que atentam contra aos direitos humanos e violentam a dignidade da pessoa humana. Humanos, somos todos, índios ou não. Que este clamor se erga em toda a nação fazendo com que o direito a vida esteja acima de toda e qualquer cultura e etnia.

Graça e Paz.

Pra. Adriana Reis

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A Igreja Libertadora

A Igreja sempre se deparou com as dificuldades de seu tempo. A vida com Deus é um grande desafio, e existe um elemento , que na verdade talvez seja um dos mais difíceis desafios da vida cristã, e de nossas vidas no dia a dia, a fé. Ela é a essência, é a prática do que aprendemos.

O povo do nosso tempo enfrenta um vasto terreno de dificuldades, e um deles é a falta de fé. Mas a igreja do Senhor, representaante Dele aqui na terra precisa lutar para que não perca a fé. Através dela a igreja tem a possibilidade de identificar a origem do sofrimento do povo para promover alivio e libertação. O acreditar, a fé em Deus, leva a igreja do Senhor a uma consciência ética que a possibilitará a uma consciência moral e altruísta.

Se observa na bíblia dois eventos que revelam homens altruístas, sendo o primeiro o sofrimento do povo de Deus no Egito, debaixo de um sistema escravocrata, e depois de mais de quatrocentos anos eles conseguiram a libertação por meio da liderança religiosa de Moisés. E segundo, a vida de Cristo, cuja missão foi libertar o ser humano do seu estado de escravidão e sofrimento.

De tal modo a igreja precisa dessa consciência altruísta, precisa promover ações libertadoras em favor do povo excluído e oprimido, precisa se expressar na coragem do libertador que arrisca sua vida em defesa da vida do outro, que se empenha por saciar a fome do outro. A prática da justiça, o ser capaz de entregar a vida é um constante desafio para todos nós onde estivermos. É preciso fé onde não se acredita mais, para uma mudança de consciência. O povo quer respostas e isso nos interpela a uma mudança de visão, mudança de mentalidade, de consciência.

Precisamos viver a esperança, a fé de libertação, se a libertação está dentro de nós como igreja, então há a necessidade de colocá-la em pratica. Moisés mandou que o povo se reunisse e falou assim:

“Povo de Israel, preste atenção nas leis e nos mandamentos que estou dando a vocês hoje. Aprendam essas leis e façam tudo para pô-las em prática. O SENHOR, nosso Deus, fez uma aliança conosco no monte Sinai. Não foi com os nossos pais que ele fez essa aliança, mas foi conosco, foi com todos os que hoje estamos aqui vivos. Do meio do fogo ali no monte o SENHOR Deus falou com vocês face a face. Vocês ficaram com medo do fogo e não subiram o monte; por isso eu me coloquei entre o SENHOR Deus e vocês” (Deuteronômio 5.1-5).

Mais do que nunca houve a necessidade de se colocar em pratica a Palavra de justiça e libertação. A fidelidade e submissão de muitos homens e mulheres de Deus à Palavra fortalecem a fé a torna mais adulta e vigorosa. Já outros, cujo posicionamento é ostensivo e visceralmente oposto ao desses homens e mulheres, agem de maneira irresponsável compelindo-nos ao exame bíblico mais profundo para que, no confronto, estejamos “preparados para responder a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em vós” (1 Pedro 3.15).

A igreja precisará assumir seu papel de libertadora para influenciar o mundo a acreditar e se voltar e aos princípios de Deus. Nós cristãos fomos resgatados da escravidão espiritual e mental para que todo o mundo seja livre da mesma forma. O Senhor colocou a igreja em êxodo e hoje livre se vê a importância de fazer um novo modo de ser igreja. Igreja para o trabalho comunitário, para a profunda comunhão, para libertação dos oprimidos.

A necessidade por libertação em todos os âmbitos está presente em qualquer ser humano, em qualquer parte da terra. Mas é, sobretudo, nos países pobres que a necessidade de libertação aparece ainda ser mais urgente. É bem provável que seja esse um dos motivos que fizeram com que a Teologia da Libertação se formasse e ganhasse força na América Latina. Dentre tantas “teologias” surgidas ultimamente no seio da Igreja, a Teologia da Libertação foi a que mais obteve destaque ao se tratar dos problemas sociais.

Mesmo assim, existem aqueles que são contrários à Teologia da Libertação e tecem fortes críticas a ela. Talvez sejam esses os que nunca se colocaram ao lado do oprimido e enfraquecido, nem deram ouvidos ao seu clamor e nem se importaram com a miséria, a injustiça e a situação de alienação dos que vivem na America Latina. Cabe aqui dizer “violência institucionalizada”.

Sobre o termo é interssante observar:
Na Segunda conferencia Geral do Episcopado Latino americano realizado em Medellín na Colômbia, se lê no documento sobre a "Justiça" e a "Paz", tal documento descreve com cores vivas a "miséria que marginaliza grandes grupos humanos, miséria que, como fato coletivo, é uma injustiça que brada aos céus". O documento fala do Cristo que "liberta todos os homens de todas as escravidões”; da "verdadeira libertação" que envolve uma "profunda conversão"; da "libertação integral" como ação da "obra divina" e que o amor é "a grande força libertadora da injustiça e opressão". Fala em termos de "situação de injustiça" como "situação de pecado", coisa que mais à frente é chamada cruamente de “violência institucionalizada”. Toda a parte doutrinária do documento se centra na conexão entre a justiça e a paz. "Onde existem injustas desigualdades... aí se atenta contra a paz".

A igreja através de sua fé em Deus deve ter a coragem de denunciar tantos abusos de poder: a injustiça, a violência, a tortura, a opressão e tudo o que degrada e deforma o homem. É sobre este terreno da defesa dos direitos fundamentais da humanidade que se mede a autenticidade e a consistência da fé cristã.
Pois sem obras a fé está morta!

Graça e Paz.

Pra. Adriana Reis

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O Neopentecostalismo

O fenômeno religioso na pós-modernidade é numa questão complexa, na medida em que enfocamos os aspectos mais subjetivos dessa nova religiosidade. Diante da diversidade do fenômeno religioso atual, e pelas constantes transformações que se verifica em todos os seus aspectos, uma vez que existe uma troca quase que constante de idéias ritos, símbolos e doutrinas, levadas de um lado para outro pela mídia, o que torna quase impossível dizer quais elementos pertencem ou não a determinados grupos religiosos. Quando falamos de fenômeno religioso na pós-modernidade, precisamos ter em mente que estamos tratando com uma realidade absolutamente diferente de tudo que já se viu até o momento em termos de experiência com o sagrado.

Segundo o Prof. Isaías Lobão Pereira Júnior da Faculdade Evangélica de Brasília, “O pensamento Pós-Moderno esvaziou a religião formal. Na Pós-Modernidade, a religião deixou a dimensão pública e restringiu-se à esfera privada. Na tentativa de se libertar de uma cultura religiosa com padrões morais absolutos, o indivíduo pós-moderno criou uma religiosidade interiorizada, subjetiva e sem culpa. As pessoas querem optar pela sua “preferência” religiosa sem ser importunadas por opiniões contrárias. Os critérios que orientam essas escolhas são todos íntimos e subjetivos. Semelhantemente, também não tentarão impor sua nova opção de fé a ninguém. Na Igreja, o que antes era convicção, hoje é opção. Os mandamentos divinos passaram a ser sugestões divinas. A igreja é orientada por aquilo que dá certo e não por aquilo que é certo. O pragmatismo missionário e o “novo poder” da igreja (político, econômico, tecnológico, etc) esvaziou o significado da oração e seu espaço na tarefa da igreja. Confiamos mais em nossos recursos e menos em Deus, superestimamos o poder de César e subestimamos o poder de Deus. As ferramentas ideológicas e tecnológicas tornaram-se mais eficientes que a comunidade e a comunhão.”

Éssa é uma versão evangélica da pós-modernidade, os neopentecostais, eles formam um grupo coexistente com os pentecostais, mas com uma identidade distinta. Possuem uma forma muito sobrenaturalista de encarar a vida religiosa, com ênfase nas curas milagrosas e na teologia da prosperidade, é a corrente doutrinária que ensina que uma vida medíocre do cristão indica falta de fé. Assim, a marca do cristão cheio de fé e bem-sucedido é a plena saúde física, emocional e espiritual, além da prosperidade material. Pobreza e doença são resultados visíveis do fracasso do cristão que vive em pecado ou que possui fé insuficiente.

Os neopentecostais pregam a prosperidade como meio de vida. Pobreza é coisa de Satanás. Doença só existe em quem não acredita em Deus e sua origem é o demônio. Seus cultos são sempre emotivos objetivando uma libertação do mundo satânico. O crescimento desse movimento deve-se muito aos programas de rádio e televisão, nos quais, devido ao anúncio de curas e milagres, tiveram uma grande audiência. Seus ouvintes e telespectadores geralmente são recrutados para dentro de suas igrejas. O sistema de testemunho é forte, e isso certamente encoraja outros a tomar o mesmo caminho.

O Jesus do neopentecostalismo é um Jesus rico materialmente, que obedece as nossas ordens, que veio para mostrar o nosso valor e recuperar a nossa auto-estima, é um Jesus que veio trazer prosperidade material a todos os que fizerem grandes ofertas de fé. A prosperidade está sendo vendida a quem somente busca os eventos carnais, com resultados momentâneos e riqueza fácil. A mudança de vida não é importante se preocupam apenas com prosperidade, saúde e felicidade neste mundo, enfatizam apenas o prazer terreno.

Não vemos um maior aprofundamento das Escrituras nos seus púlpitos. A Bíblia está ausente na maioria esmagadora dos púlpitos neopentecostais. Isso é um fato lamentável! É muita gritaria, muito emocionalismo, muita manifestação corporal; muita exploração financeira e ausência da seriedade com relação às escrituras, encaixando muito bem aqui a superficialidade. Não honram as Escrituras e não centralizam a pessoa de Jesus Cristo.

Temos entendido que o propósito exclusivo de um culto é a adoração a Deus e a edificação da alma adoradora. Contudo, não se pode dizer que a igreja neopentecostal tem seguido este propósito, isto porque a ênfase destes cultos, geralmente, não é a glória de Deus. Na "igreja neopentecostal ao invés de cultuar, faz-se "campanhas" de cura, exorcismos, revelação, prosperidade, etc. A liturgia deles é cheia de "glória a Deus", mas é tão desvirtuada de um padrão bíblico que a ênfase recai sobre fenômenos (pouco comprovados) como curas, milagres e testemunhos muito enfadonhos que resultam mais em projeção pessoal do que em exaltação ao senhor.

E as pregações, quando não são aberrações, são cheias de “confissões positivas” do tipo: "Você vai prosperar! use sua fé e prospere! hoje Jesus vai te curar! Deus vai mudar sua vida..." Não existe, portanto, na maioria destas igrejas, uma exposição das Escrituras sequer razoável, capaz de tirar o leigo da ignorância teológica total. Por este fato, quase sempre a palavra do líder passa a ter um valor relativo ao da Palavra de Deus e o que ele determina, passa a ser seguido como regra de fé e pratica. E esta valorização da "tradição oral" não difere muito da atitude de uma igreja que se chama primitiva, cujo chefe supremo é considerado infalível no que fala.

No culto neopentecostal, que não tem espaço para a adoração, se corrompe mais ainda com a demasiada cobrança de oferta dos fiéis (quase sempre prometendo a estes soluções da parte de Deus) o que tem dado a estes "cultos" um caráter mercantilista e explorador. Não somos contrários a se pedir ofertas, diga- se de passagem, mas não concordamos com a falta de bom senso e critério bíblico na administração destas coisas no culto a Deus.

No tocante a música a qualidade das letras com relação à adoração a Deus infelizmente são cada vez mais raras, sendo substituídas por mensagens de auto-ajuda, e antropocentrismo. São comuns expressões surradas, como: "Você é mais que vencedor", "Deus vai operar em sua vida", "Sua vida vai mudar", "Você vai conquistar suas vitórias" etc. As letras mostram que são raras as músicas que estão voltadas para a exaltação e adoração a Deus.

Muitas letras que ainda citam Deus ou alguma passagem bíblica estão na verdade destacando aspectos de um Abençoador dos homens, sendo uma sutil forma de antropocentrismo, e antropocentrismo em suas músicas, pregações e orações é idolatria ou uma auto-idolatria. Ora, são músicas que não exaltam Deus, mas proclamam um super crente; são pregações que esquecem a exposição bíblica e só falam em promessas; orações que não buscam a face do Altíssimo. A música cúltica não deve servir para satisfação do homem e os seus desejos egoístas, mas sim para honra e gloria do senhor.

O homem pós-moderno está aflito e embaraçado com as coisas dessa vida, e o neopentecostalismo veio entre aspas resolver suas aflições, interessado do mesmo modo com coisas terrenas, com o corruptível, deixando de buscar o celestial, o incorruptível.

O futuro é algo incerto, sendo assim é bem difícil definir qual será o futuro do Movimento Pentecostal, pois ele é heterogêneo, hoje, não se pode falar em pentecostalismo, mas em pentecostalismos, pois as diversas correntes no Movimento Pentecostal são, muitas vezes, distantes uma das outras em questões doutrinárias. Antes, o pentecostalismo era bem definido por uma ênfase na salvação dos ímpios, nos carismas, na cura divina, na escatologia dispensacionalista, na espiritualidade piedosa, na evangelização eficaz.

Hoje o quadro é variado e também confuso, pois é possível encontrar uma igreja pentecostal onde o pastor apresenta uma sólida formação enquanto outro pastor, na mesma denominação, prega que a “letra” mata. O pentecostalismo clássico é um movimento formado por pessoas crentes em Jesus Cristo, que seguem ao que está escrito nas Escrituras sobre o batismo com o Espírito Santo, os dons espirituais, a cura divina e o modelo de culto neotestamentário. (At 2; 1 Co 12.1-11; Mc 16.15-20; 1 Co 14.26).

Em nosso tempo, se percebe um desvio em relação ao pentecostalismo clássico, o qual confunde crentes sinceros de crescerem na graça e conhecimento do Senhor Jesus Cristo (2 Pedro 3.18), se percebe uma ameaça à escatologia do pentecostalismo clássico, porque uma das rupturas mais sérias do neopentecostalismo com o pensamento protestante, é o uso da Bíblia. No Protestantismo a Bíblia é sua última autoridade, não a tradição ou personalidades importantes ou mesmo a experiência espiritual, enquanto que o neopentecostalismo enfatiza o uso mágico da Escritura. Para os neopentecostais, a Bíblia é mais um oráculo a ser consultado do que a única regra de fé e prática.

São tantos os fatores ameaçadores, não só desuso da bíblia ou a apresentação do culto e da musicalidade ou a ordenação de pastores sem avaliação de caráter, mas há também ameaça a evangelização, pois o movimento neopentecostal apresenta um problema grave, que é o intento, zelo, diligência, empenho ativista de converter pessoas a suas ideias (proselitismo), que por sinal são mundanas! O proselitismo é uma característica inconfundível de uma seita. A busca por esse crescimento numérico é insensato, pois podemos até persuadir alguém a ser um religioso, mas só Deus pode transformá-lo em nova criatura.

As campanhas evangelísticas de nossos dias têm mais aparência proselitista do que evangelística. A maioria das campanhas são realizadas para crentes! A igreja verdadeira faz convertidos que se tornam discípulos de Cristo e não prosélitos. A igreja deixa de ser igreja do ide e passa a ser igreja do vinde, a evangelização passa a ser estratégia de marketing e os que se "convertem" para a igreja, passam a ser clientes e não ovelhas.

As estratégias neopentecostais são pregar promessas de uma realidade virtual e não pregar um evangelho genuíno, o evangelho de Jesus. Os neopentecostais são na sua maioria superficiais na fé e no trato com as Escrituras. Este superficialismo faz do neopentecostal presa fácil de perniciosas heresias, misticismo, materialismo e muitas outras tendências nocivas à fé cristã. E o resultado desta superficialidade é a imaturidade manifesta numa vida carnal não experimentada no fruto do Espírito Santo. Esse movimento neopentecostal necessita de um conteúdo teológico que é essencial para a conscientização de verdades elementares da fé cristã.

A igreja precisa rever sua atuação, olhando para o Senhor Jesus e lançando-se humildemente de volta às Escrituras, resgatando sua identidade e o seu chamado. Se abrirmos mão da Palavra de Deus como verdade absoluta, correremos sérios riscos diante de uma sociedade sem referenciais, mas principalmente diante de um Senhor zeloso que rege a história e têm em suas mãos todo o domínio e todo o poder.

O que parece não saber os neopentecostais, é que a verdadeira prosperidade está na oportunidade de recebermos a salvação através de Jesus Cristo - o único e suficiente Salvador, pois, a própria Palavra de Deus, nos garante a satisfação de estarmos, providos por todo o tempo, em que vivermos nesta Terra, de uma alegria insubstituível, por qualquer produto fabricado pelo homem, ou qualquer que seja a fortuna adquirida.

Enquanto estes líderes ajuntam suas riquezas, e assim, ensinam, observemos que a fortuna do crente verdadeiro, segue como está em:

Mateus 6:20 “Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem e onde os ladrões não minam e nem roubam.”

Lucas 12:33 “Vendei o que tendes, e dai esmolas. Fazei para vós bolsas que não se envelheçam; tesouro nos céus que nunca acabe, aonde não chega ladrão e a traça não roí.”

Graça e Paz.

Pra. Adriana Reis

Teologia e prática para todos os lugares e épocas....


Na nossa época o cristianismo parece perder as forças. Ao invés de influenciar, o cristianismo está sendo influenciado, de maneira alarmante, pela apatia religiosa e pela degeneração moral. O mesmo aconteceu com o cristianismo na época de Jonh Wesley, mas dentre aqueles que não se conformavam com esse estado paralisante da religião cristã, ele sobressaiu, ensinava que a conversão a Jesus é comprovada pela prática e não pelas emoções do momento, ele reconheceu a necessidade de se viver o Evangelho comunitariamente, afirmou que "tornar o Evangelho em religião solitária é, na verdade, destruí-lo"

Para Wesley o cristianismo tinha de ser uma religião prática essencialmente social, ele enfatizava a paixão pela evangelização. Nós cristãos devemos trabalhar com paixão, perseverança, intensidade e alegria para que o amor e a misericórdia de Deus alcancem homens e mulheres em todos os lugares e épocas. Trabalhar nesse intuito não significa renunciar à vida, e sim lutar para que ela prossiga. Essa conciliação é possível.

Wesley preocupou-se com o ser humano total, não só com o bem-estar espiritual, mas também com o bem-estar físico, emocional, material. Devemos fundamentados na palavra cuidar do nosso próximo integralmente, principalmente dos necessitados e marginalizados sociais.

“O evangelho de Cristo não conhece religião, que não seja religião social, não conhece santidade, que não seja santidade social”. John Wesley

A tarefa da teologia é aplicar e integrar a verdade cristã no contexto social e de seus intérpretes. Ao fazermos teologia, nós precisamos um do outro. Os dias de arrogância teológica acabaram. A tarefa de fazer teologia é internacional, ainda que apliquemos a teologia de formas distintas. Na atual era de pluralidade e comunicação, precisamos um do outro.

Integrar a teologia com a prática continua a ser fundamental para qualquer discussão teológica. Se há uma base para o diálogo que transcende nossas culturas, tradições e crenças doutrinárias, é a própria Escritura.

Wesley tentou sempre vivenciar na pratica o que dizia. Continua a ser fundamental na atualidade vivenciar e praticar aquilo que aprendemos e estudamos.

Graça e Paz.

Pra. Adriana reis

A relevância da teologia de John Wesley

O metodista John Wesley esteve mais do que qualquer outro de seu tempo preocupado com o ser humano e a sua integralidade, o que reflete a idéia de salvação social do indivíduo no amplo trabalho de desenvolvimento da salvação comunitária. John Wesley entendeu que precisava fazer amigos e, ao lado deles, desenvolver salvação. A salvação para Wesley e os primeiros metodistas tinha, portanto, amplitude social e inclusiva.

Podemos afirmar que o bem-estar espiritual é o resultado da paz de Cristo que alcança todas as áreas da vida do cristão. É o resultado do bem-estar físico, emocional, econômico, familiar, comunitário. Tudo está nas mãos de Deus, Nele confiamos e Ele é fiel em cuidar de nós. Sua salvação nos alcança integralmente. A graça de Deus – segundo John Wesley - da qual nos vem à salvação, é gratuita em tudo e para todos.

É gratuita a todos a quem é concedida. Não depende do poder ou mérito do ser humano, em nenhum grau, nem no todo, nem em parte. Do mesmo modo ela não depende das boas obras ou da retidão daqueles que a recebem, de coisa alguma que tenha feito ou que seja. Não depende dos seus esforços, dos seus sentimentos, bons desejos, bons propósitos ou intenções, pois todos estes fluem para a graça gratuita de Deus, assim é em tudo, isto é, não depende de nenhum poder ou mérito do homem.

A graça de Deus esta aberta a todos os homens e mulheres. Não apenas aberta a todos, mas presente em todos. Wesley acreditava que a graça salvadora estava em atuação no coração de todos os seres humanos, ao lado de sua consciência, a própria presença de Deus em ação, por sua misericórdia, procurando levar o ser humano ao arrependimento. Era esta graça universal a verdadeira boa nova do Evangelho, que anunciava a todos os homens e mulheres a salvação pela fé em Jesus Cristo. Wesley não acreditava que a graça era eficiente, isto é, ela não realizava salvação, mas era plenamente eficaz, suficiente e capaz para salvar a todos os que cressem.

A igreja evangélica distancia-se muito da Reforma Protestante e afasta-se cada vez mais do pensamento wesleyano ao calcar sua prática evangelística sobre sacrifícios, penitências e boas obras. Tantos movimentos evangélicos atuais não podem mais falar da graça sem muitos senões. Evangelistas bem-sucedidos não são aqueles que atraem multidões, mas aqueles que sabem explicar a justificação de pecadores pela graça. Wesley foi dono de um currículo invejável. Ele foi apenas um homem à frente do seu tempo. Rompeu paradigmas, amou os excluídos e pregou a graça. Viveu apaixonadamente, anunciando a mensagem que mais admirava: o Calvário.

A salvação para Wesley segue um caminho simples: Deus, pela sua graça, oferece a todos os homens a obra expiatória de Cristo; pela fé e num ato voluntário o homem aceita ou se apropria dessa oferta, e é justificado; daí por diante procura ser digno do sacrifício de Cristo e busca santificar-se cada vez mais, vivendo de modo a agradar a Cristo. Este é o aspecto prático da teologia de Wesley, visto por muitos, como adesão à salvação pelas obras. Mas o fato é que Wesley desenvolveu um cristianismo prático e apropriado à sua época e às posteriores porque favorecia o individualismo, regulava a vida em épocas de grandes mudanças sociais e, principalmente, estimulava a piedade ao lado do desempenho pessoal.

Wesley e os primitivos metodistas estavam convencidos de não pregarem nada além da simples verdade, tal como a atestavam a Sagrada Escritura e a Igreja Primitiva. Wesley é largamente reconhecido como o líder de um grande reavivamento religioso do século 18 e como homem de grande zelo e de talentos múltiplos e fora do comum. Um resgate do pensamento de John Wesley para nós hoje se dá a partir de sua prática ministerial destacando três elementos: evangelização, ação social e educação. Essas três expressões de ações possibilitam entender a relevância da teologia para a vida e a missão da Igreja hoje.

John Wesley era Teólogo Prático, tentou sempre vivenciar na prática o que dizia, não separou a doutrina da ética. Sua ética é baseada na sua teologia da graça. Sua defesa das necessidades dos pobres é baseada na sua confiança no poder transformador de Deus. Seu entendimento da santidade cristã inclui a ética, a ação correta, e a doutrina, o entendimento correto. A teologia de Wesley é prática no sentido de buscar entender igualmente a natureza de Deus e a vida cristã no mundo, sem criar uma separação artificial entre os dois.

A função da Prática era de ensinar a fé aos crentes e ajudar os membros da Igreja a viver em uma vida Cristã, ele buscava dar-lhes uma fundação sólida nas convicções básicas que apoiavam toda a ação cristã. Ele foi além do modelo tradicional de teologia Prática de sua época, que prestava pouca atenção às questões teológicas e doutrinais. Para ele, não era suficiente apenas treinar pastores e leigos em como pregar, ou orar. Era de importância fundamental o entendimento de por que pregar, orar, ou teologizar.

Ainda no que se diz de sua teologia, Wesley pregou uma riqueza de palavras sobre o dinheiro. Tinha muitas idéias sobre as aplicações certas e erradas dos recursos. E, sendo um dos homens de renda mais elevada na Inglaterra em sua época, teve oportunidade de praticar o que pregava. Muitos podiam ignorar seus sermões, mas ninguém podia ignorar a forma como ele usava o dinheiro que recebia. O que ele pregava com atos falava mais alto do que suas palavras.

Wesley sentia que o metodismo havia perdido o poder espiritual porque os metodistas haviam enriquecido. Pregou muitas vezes contra os pecados dos prósperos, como o desejo de alcançar riquezas e o uso errado do dinheiro. Censurou especificamente contra os excessos na comida, no vestuário e no estilo de vida. No entanto, não se limitou a condenar o emprego errado do dinheiro. Além disso, apresentou aos ouvintes orientações bíblicas claras sobre o jeito certo de usar os recursos financeiros. Wesley não levou a vida de abundância e luxos que se espera de um homem com sua renda e situação. Ele queria deixar apenas “meus livros depois que eu morrer…”.

Quando Wesley morreu, o único dinheiro que apareceu em seu testamento foi algumas moedas que encontraram com ele e em seus guardados. Havia doado a maior parte do dinheiro que ganhou em toda a sua vida. Como ele falou: “Não tenho como evitar deixar meus livros quando Deus me chamar; mas em todos os outros aspectos, minhas próprias mãos executarão meu testamento”.

A teologia Wesleyana e de grande relevância para nós hoje, pois nos convida, nos conclama a perceber e atender as necessidades do ser humano inserido nos diversos contextos da sociedade, nos convida a repensar nossos caminhos e nossas práticas religiosas.

Graça e Paz.

Pra. Adriana Reis

terça-feira, 3 de novembro de 2009

O "Filho sanduíche"

Antigamente era muito comum que casais tivessem uma escadinha de filhos, meus avós paternos tiveram 18 filhos! Nos dias de hoje isso é incomum, pois a opção das famílias é por poucos filhos, um ou dois, no máximo três, segundo o IBGE.

A ordem do nascimento (A posição na escadinha) pode influenciar, significativamente, no comportamento e personalidade das crianças. Pois elas adotam diferentes posturas e estratégias em busca da aprovação de seus pais.

Geralmente o primogênito desde cedo se torna sensível às regras e expectativas dos pais assumindo mais facilmente responsabilidades. Quase sempre também o caçula é o mais mimado, pois os pais muitas vezes, impõem menos limites, alegando se tratar do mais “pequenininho” e mais “frágil”.

Cabe ao filho do meio lutar para que sobre um pouco da atenção dos pais, dividida entre os irmãos. Ele é o “filho sanduíche” aquele que vivencia dificuldades por não ter os mesmos privilégios do menor, que é mais protegido, ganhando colo e comida na boca. E nem tem os mesmos privilégios do maior, que desfruta da confiança e credibilidade dos pais desenvolvendo maior autonomia.

Ele pode apresentar comportamentos regressivos incompatíveis com sua idade e próprio do irmão caçula, tais como: fala infantilizada, enurese noturna, volta á chupeta e aos brinquedos que já não lhe interessavam mais. Pode ter dificuldade para consolidar a sua maneira de ser e a sua posição dentro da família. Em busca do seu espaço próprio, pode acabar apresentando atitudes que evidenciam a necessidade de ser diferente: se um irmão é dócil, ele é o rebelde; se o outro é um gênio, então ele apresenta dificuldades escolares. Diante disso pode ser vítima de freqüentes comparações, muitas vezes injustas. Estas são só algumas manifestações de dificuldades que o filho do meio pode vivenciar.

Dicas para os pais

Ser o “filho sanduíche” tem lá suas dificuldades. Mas essas podem ser amenizadas se os pais permitirem que cada filho ocupe o seu lugar e sinta que, inde¬pendente da ordem de chegada, todos são reconhecidos por suas qualidades e características pessoais. O filho do meio enfrentará melhor as dificuldades se a sua individualidade for respeitada, se não lhe cobrarem tanto os com¬portamentos infantis (próprios do caçula) e nem exigirem posturas mais maduras (próprios do velho).

A cada filho que nasce é modificada a composição e a dinâmica familiar e cada um deles será influenciado de modo especial e único. Embora integrantes de uma mesma família, cada filho é um indivíduo único, diferente.

Educar não é simples. E, na medida em que os filhos crescem, é importante conhecer as características de cada um. É preciso muito jogo de cintura para que os filhos sejam tratados igualmente, justamente por serem diferentes. Não é uma tarefa fácil! Para não errar com os pequenos, lembre-se de que cada filho tem suas características e, portanto suas próprias exigências.

Muitos pais ignoram a distinção que fazem entre seus filhos trazendo grandes prejuízos ao seu desenvolvimento, no caso do filho do meio, pode ter problemas com auto-estima, já que fica apagado na ordem familiar. Os pais devem distribuir a atenção e cuidado de uma maneira mais equilibrada possível entre os filhos, não estabelecendo um deles como modelo, nem negligenciando as necessidades do outro.

Para os “filhos sanduíches”

Geralmente o filho do meio se sente preterido pelos pais, sente que na maior parte das vezes, o primogênito recebe dos pais respeito, e o caçula apoio. Ficando ele meio de sobra. Mas se houver um desenvolvimento saudável com um bom enfrentamento logo aprende a cuidar de si e resolver seus problemas. É o filho que tende conquistar mais ativamente uma identificação ou predileção com os pais, sendo possível ter uma maior autonomia e autenticidade.

Ele pode ter uma personalidade independente, afinal, não teve os paparicos do último ou as mordomias do primeiro, se tornando capaz de se adaptar às circunstâncias mais facilmente. É o filho que pode melhor desenvolver o aprendizado social como também ser um grande mediador entre os irmãos. Outro fato, é que o do meio passa a ser o ex-caçula, perdendo o estigma de ser o menor, e pode ser que esta sensação de ser promovido atinja todo o resto de sua vida, se promovendo e tendo sucesso em variadas áreas.

Assim tão bonito... E ninguém me adula!
Não sou o primogênito, nem sou o caçula.
Não sou o primeiro, tampouco, o terceiro.
Sou filho do meio e, de graça, sou cheio
Do tal sanduíche, sou só o recheio.
Mas... Digo a verdade e ganho a aposta:
Sempre é do recheio que todos mais gostam!


(Escritora e poetisa - Maria da Graça Almeida)

Graça e Paz.

Pra. Adriana Reis

domingo, 1 de novembro de 2009

A Expectativa Messiânica

A Expectativa Messiânica é a expressão utilizada para se referir à ansiedade de um povo pela chegada do seu messias. Os judeus a tiveram de forma bastante latente, na época em que nasce Jesus, o povo já havia desenvolvido uma forte expectativa messiânica.

No caso dos cristãos, embora o Messias, que é o Senhor Jesus Cristo, já tenha vindo, esperamos o seu retorno, quando haverá de estabelecer o Seu reino eterno sobre a criação restaurada ao padrão original.

De acordo com a perspectiva paulina, a ressurreição de Jesus é o evento inaugural e mais importante da era Messiânica. O teólogo Richard Gaffin argumenta: “A ressurreição de Cristo é um evento específico e inerentemente escatológico; na verdade, o evento chave e inaugural da escatologia. Sua ressurreição não é um evento isolado no passado, mas, tendo ocorrido no passado, pertence à futura consumação e, a partir desse futuro, penetrou na história.”

É particularmente na ressurreição que Jesus é proclamado o Messias, segundo o que Paulo afirma na saudação da carta aos Romanos. Ao usar o título “Filho de Deus” como fundamento, os escritores do Novo Testamento referiam-se à expectativa Messiânica do Antigo Testamento. E naquela proclamação, não há de modo algum mudança na natureza de Cristo, mas sim a apropriação do “ofício”. Essa “designação” é, na verdade, uma afirmação pública de que a era escatológica Messiânica chegou.

Enquanto a ressurreição de Jesus é o evento inaugural destes “últimos dias”, a presença do Espírito na vida do crente certamente consiste em sua característica distintiva. A era Messiânica é, sem sombra de dúvida, a “era do Espírito Santo”. Nele, encontramos não apenas o poder para uma vida vitoriosa, mas sua presença também confirma a promessa ainda por vir. A presença e a obra do Espírito foram prometidas e é uma bênção antecipada da era Messiânica.

Todavia, nós que temos a verdade e cremos no único e verdadeiro Messias, o Cristo ressurreto que inaugura os últimos dias, muitas vezes mostramos fervor e expectativa incomparavelmente inferiores àquele visto em outras religiões. Na verdade, o cristianismo tem se tornado materialista em grande medida. Embora confessem a fé no retorno de Jesus, os crentes não parecem esperá-lo, muito menos, o ansiá-lo. A religiosidade evangélica se voltou para esta vida, como uma espécie de solução e viabilidade da presente vida.

A ênfase nas curas e na prosperidade material comprova isso. O crente cansou de esperar? Pode ser. Uma das parábolas que falam do ambiente da volta de Cristo, proferida por Ele em seu “Sermão Profético” é a “Parábola das Dez Virgens” (Mateus 25.1-13). Como uma espécie de damas de honra do noivo, cabia-lhes levá-lo às núpcias. Entretanto, cinco delas não se prepararam para esperar o noivo. Na verdade, se aprontara, apenas, para o tempo que acreditavam que ele voltaria. Da mesma forma, aparentemente, a igreja parece considerar apenas a Sua primeira vinda. Com os olhos fitos nela, olhando para trás, a um passado distante, está de costas para o Cristo que vem, podendo pegar-lhe despercebida.

É anunciada a realidade do retorno de Jesus, não apenas a sua volta, mas como voltará: “virá do modo como o vistes subir”. Assim como Jesus ascendeu ao céu e foi encoberto pelas nuvens (a Shekinah, símbolo da presença pessoal de Deus), também voltará, quando virá sobre elas, trazendo os seus santos (Apocalipse 1.7 e 1 Tessalonicenses 4.17). Não nos esqueçamos que o evangelho não é um tipo de prolongamento da presente vida ou um mero meio de facilitá-la. Esperamos algo muito além, uma realidade que “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou sem coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1 Coríntios 2.9). Aguardemos, com certeza e fé, ansiosos, a volta de nosso Senhor.

Pensando algumas questões: Como temos vivenciado a expectativa messiânica em nossos dias? A Igreja, como um todo, também tem que desenvolver o cuidado pastoral. Como podemos, na prática, demonstrar que o Messias-Cristo nos enviou para pastorear seu rebanho? Que atitudes demonstram este pastoreio?

Para demonstrarmos que Cristo nos enviou para pastorear seu rebanho devemos primeiramente ser confiantes em Deus, pois Ele é o condutor para á vida plena, e nós, seus instrumentos para o pastoreio e para o cuidado em favor do povo. Nossas atitudes devem ser de forma geral de solidariedade, amor, perdão, dedicação e persistência.

Graça e Paz.

Pra. Adriana Reis

Bom de ler: Expectativas Messiânicas no Mundo.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Medos infantis

Quem já sentiu medo alguma vez na vida? Certamente, todas as pessoas já experimentaram sentimentos de medo, de uma ou de outra forma, com maior ou menor intensidade e muitas vezes, sem qualquer lógica ou razão.

O medo é um estado natural do ser humano, independentemente da idade, é um sentimento muito primitivo presente nos seres humanos e nos animais, sem ele correríamos riscos desnecessários. Ele é uma reação instintiva de defesa que nos prepara para fugir diante de situações ameaçadoras, funciona como alerta contra ameaças a nossa sobrevivência. Ele é uma reação essencial, uma ferramenta fundamental para evitar o perigo.

Os medos mais intensos são chamados de fobias. Recapitulando então, o medo define-se pelo surgimento de uma reação ansiosa diante determinados estímulos. É uma emoção normal e saudável, que nos alerta sobre os perigos que nos rodeiam. Já a fobia é um medo patológico específico e intenso, desencadeado por um objeto ou situação, que por si só não acarreta qualquer perigo.

O medo começa a se tornar um problema quando surge diante de situações que não apresentam uma ameaça real. No caso das crianças o que acontece é que elas têm uma imaginação muito fértil e elas a usam para exagerar perigos. Diante disso é muito importante que os pais respeitem os medos infantis e procurem entender e ajudar seus filhos a superarem esse problema.

Os medos são inevitáveis, mas são também controláveis se a criança conta com a confiança e a ajuda dos pais, na maioria das vezes os pais conseguem fazer com que seus filhos superem seus medos. A simples presença da mãe ou do pai pode aliviar uma crise. Para a criança de pouca idade, os pais são criaturas poderosas e a segurança de seus braços afasta muitos perigos reais ou imaginários.

Não devemos ignorar os medos das crianças, é comum que os adultos não dêem muita importância aos medos infantis. Em alguns casos sem entender os motivos reais pelos quais as crianças sentem medo, os adultos acabam tomando atitudes inadequadas com a pretensão de acabar com o medo. Jogar forçosamente uma criança com medo de água dentro de uma piscina ou trancá-la num quarto escuro não a fará vencer o medo. Expor a criança com ignorância a coisas que teme e que não sabe nomear as causas não resolverá o problema.

Aos pais cabe a tarefa de ensinar e educar usando o bom senso e muito carinho, evitando assim acentuar qualquer ansiedade ou transformar um medo moderado, provavelmente passageiro, em uma experiência destruidora, capaz de se transformar numa fobia. É preciso ter a consciência que as fobias podem abalar o crescimento saudável de uma criança, porque são vividas tão intensamente que condicionam a sua auto-estima, a segurança e a confiança. Tão importante como saber o que fazer é o que não se deve fazer quanto à superação do medo de uma criança.

Às vezes é difícil para os pais determinar quando um medo infantil requer alguma forma de terapia.Quando o problema não é resolvido no âmbito familiar, é indicado procurar atendimento psicologico, já que o profissional pode encontrar a raiz do medo a partir de diálogos e de boas técnicas como a ludoterapia.

Dicas para lidar com os medos infantis

Avalie a intensidade do medo e fique atento para o limite da normalidade, que é a rotina saudável de vida;

Não diga mentiras, tais como: “vamos ao parque de diversão!” Sendo que a criança vai ao médico. Isso não é nada divertido! Porém prepará-la dias antes de ir ao médico aumentará sua ansiedade. Basta algumas horas antes;

Fale a verdade sobre os medos reais para que a criança construa noções de perigo. Exemplo: ela tem de saber que escadas, piscinas e animais presos representam riscos. Mas faça isso sem aterrorizá-la;

Não gaste tempo demais falando sobre determinado assunto para evitar que a criança fique ainda mais ansiosa. Mude de tópico, distraia;

Assegurar a criança que está tudo bem. A criança está muito atenta às ansiedades de seus pais. Expressões corporais e faciais e palavras irão confortá-la. Assegurar que tudo está sob controle;

Brinque com seu filho e entre na fantasia dele, experiências lúdicas ajudam os pequenos a lidar com seus anseios. Bonecos e brinquedos treinam a criança para a vida. As crianças costumam representar em brincadeiras o sentimento de medo frente a uma situação real, como a ida a um hospital;

Na hora de dormir a criança se sente desprotegida, pois tem que se “desligar” da presença dos pais e da segurança que os adultos oferecem. Então, quando a luz se apaga, as crianças não enxergam nada, o que é real desaparece e a escuridão esconde os perigos de sua própria imaginação. Não devemos obrigar a criança a enfrentar de forma brusca aquilo que ela teme, nem ameaçá-la. É normal que tenha um pouco de medo do escuro, porque não consegue ver nada! Então não a obrigue a dormir sozinha com a lampada desligada;

Se a criança acordar de repente, tremendo de medo por causa de um sonho, não diga que é besteira e a mande voltar a dormir, virando você as costas, mas a abrace e a proteja. Pouco a pouco fica mais calma, volta a adormecer;

Uma causa que pode levar ao medo do escuro é a mudança de casa. A casa ou o quarto novo são desconhecidos que podem guardar surpresas como os temíveis monstros. Tenha paciência com a criança até que ela conheça a nova casa, canto por canto e vença o medo;

Com as crianças pequenas use um tom de voz muito calmo e a abrace de forma delicada quando ela demonstrar pavor. Ela responderá mais ao seu tom de voz do que ao significado de seu discurso, mesmo porque o vocabulário dela ainda está em formação;

Ofereça objetos para ela se sentir mais segura, principalmente na hora de dormir sozinha. São os chamados objetos transacionais, que reduzem a ansiedade da criança. Pode ser o famoso ursinho, a boneca e até cobertor ou fraldinha. O importante é que ela tenha algo familiar à mão para enfrentar os temores na hora de dormir;

A televisão é um meio de grande influência no desenvolvimento do medo. Alguns pais não prestam atenção nos programas assistidos pelos filhos e não entendem o porquê de tanto medo. A criança assiste TV sozinha sem a mediação de um adulto no esclarecimento do que é real ou imaginário. Fique atento ao que seu filho assiste na televisão;

Ao impor limite à criança não use frases como "o velho do saco vem te pegar" ou "o médico vai ter dar uma injeção". Existem diversas maneiras de educar sem que seja necessário utilizar meios amedrontadores;

Não cante musicas na hora de ninar e embalar as crianças, como: "Boi da cara preta pega essa criança que tem medo de careta" ou “... a cuca vem pegar...". As letras ficam no inconsciente e ajudam a causar medo na criança;

Os pais devem proporcionar segurança e confiança através de diálogo. Deixe seu filho à vontade para que expresse suas angústias e preocupações;

É importante que os pais trabalhem de forma discreta para que a criança ganhe segurança. O diálogo é sempre o melhor remédio. O grande segredo não é não ter medo, mas saber lidar com ele.

Evitar falar a terceiros diante da criança sobre seus medos e de como isso nos preocupa;

Evitar ridicularizá-la sozinha ou diante a terceiros;

Quando a criança se sentir atemorizada não ria dela ou do seu medo;

Não compará-la com outras crianças que não têm medo;

É aconselhável que os pais orem por seus filhos e os ensinem a orar e a confiar em Deus.

Graça e Paz.

Pra. Adriana Reis

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Missio Dei

Missio Dei é um termo teológico cristão que pode ser traduzido como “o envio de Deus”. Uma missão, e ela é derivada da própria natureza de Deus. A missão não é primordialmente uma atividade da igreja, mas um atributo de Deus. Deus é um Deus missionário. Então se compreende a missão, desse modo, como um movimento de Deus em direção ao mundo, e a igreja é vista como um instrumento para essa missão.

É claro que nem a igreja; nem qualquer outro agente humano pode, alguma vez, ser considerado o autor ou a origem da missão. A Missio Dei é uma obra exclusiva do Deus Triúno, Criador, Redentor e Santificador por amor ao mundo; porém, é através da igreja que Deus operacionaliza Sua missão de amor ao mundo.

A missio Dei não anula a responsabilidade da igreja na evangelização do mundo. Muito pelo contrário, em Marcos 16.15, Mateus 28.19 e Mateus 24.14 não exclui a igreja. Jesus conta com homens e mulheres que o amam para serem testemunhas dEle a todos os povos através dos tempos. Esse é um ministério do qual a igreja tem o privilégio de poder participar.

"Participar da missão é participar do movimento de amor de Deus para com as pessoas, visto que Deus é uma fonte de amor que envia" (Bosch).

Deus é o iniciador de sua missão para resgatar através da igreja pessoas para Si de todos os povos do mundo, assim como enviou Seu Filho com essa finalidade, Ele envia a Igreja em todo o mundo com a mensagem do evangelho para o mesmo fim.

"E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações." (Mateus 24.14).

Mateus mostra nesse verso que Jesus falava de um período muito longe. Tomemos em consideração um período em que será evangelizado o mundo. Sem contar esse versículo nos fala de um alcance maior do evangelho, mais do que poderia ter imaginado Mateus.

E Paulo nos relata na epístola aos colossenses, no primeiro capitulo que já houvera grande propagação do evangelho, até mesmo em seus dias, embora a maioria das nações pelo mundo, que eram desconhecidas para Paulo e para os demais apóstolos, permanecesse em total obscuridão, no que diz respeito à mensagem espiritual de Cristo.

Lembremo-nos que eles não dispunham de meios como os nossos na atualidade, a religião se torna global e hoje o que se observa é que com a criação dos meios de comunicação e a invenção de tecnologias avançadas, a globalização é muito mais forte e determinante do que na antiguidade. A globalização junto com os meios de comunicação penetra nas culturas alheias de uma forma bastante significante.

De maneira quase instantânea a globalização facilita a interação entre culturas distintas, os espaços se encurtaram através da comunicação que hoje esta mais abrangente e eficiente. Internet e a TV têm facilitado o processo de comunicação, tem feito o mundo se conectar, diminuindo as fronteiras culturais e contribuindo para o alavanco do desenvolvimento e a inserção social, e eu diria para o mais importante: a evangelização de todos os povos. Tempos modernos como o nosso tem visto o cumprimento dessa profecia em proporções que ninguém dos tempos primitivos poderia imaginar.

A possibilidade de alcançar o mundo inteiro se torna cada dia mais real. O Brasil é um País missionário, mas ainda temos muito para percorrer no que diz respeito à pregação do evangelho, meu desejo é que a igreja seja verdadeiramente um celeiro de missionários e bênçãos para todas as nações da terra, especialmente junto aos povos ainda não-alcançados pelo Evangelho.

Deus tinha um único filho e fez dele missionário”. David Livingstone

“Deve-se ir ou mandar um substituto”. David Livingstone

O coração de Deus é um coração missionário. A obra missionária está no coração de Deus e precisa estar em nós também. Jesus teve seus seguidores e fez deles missionários. A igreja foi edificada com o propósito de proclamar as virtudes Daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. (1 Pedro 2.9)

Graça e Paz.

Pra. Adriana Reis

sábado, 3 de outubro de 2009

O Único Caminho

O Caminho que te leva a Deus não é um grupo de auto-ajuda, não é uma instituição, não é um lugar, não é ONG, não é um grupo de afinidade, não é obra de caridade e nem tantos outros caminhos, por mais certos que pareçam aos seus olhos . O Caminho que te leva a Deus é Jesus Cristo. Sem Ele o restante sozinho não tem importância. Você não o encontra pendurado nos pescoços ou paredes e nem em esculturas feitas de barro, metal ou ouro. Fiquemos atentos, pois, Jesus o caminho está muito próximo de todos nós, mais do que imaginamos.

Jesus declarou ser o caminho, a verdade e a vida (João 14:6). Sem o Caminho, não há progresso; sem a Verdade, não há conhecimento; sem a Vida não se pode viver. Jesus é o Caminho que nós devemos seguir; a Verdade em que devemos acreditar; a Vida em que devemos ter esperança. Ele é o Caminho inconfundível, a Verdade infalível, a Vida imperecível. Ele é o nobre Caminho, a Verdade última, a Vida verdadeira. Se percorrermos esse caminho, vamos conhecer a Verdade, vamos ser libertos, e teremos a Vida eterna. Jesus declarou que Ele é a ressurreição e a vida e quem crer nele, ainda que morra, viverá; e todo o que viver e crer Nele jamais morrerá (João 11:25-26).

Provérbios de Salomão nos convida a “avaliar o nosso próprio caminho” (Pv 14.8) e “estar atentos aos nossos passos” (Pv 14.15). Jesus não hesitou em afirmar que Ele é o único caminho a chegar a Deus. Sendo assim é imprescindível que cada um de nós saiba o caminho, torna essencial que cada um de nós esteja em Cristo. Precisamos nos deixar ser conduzidos, encorajados e ensinados. Nossa única rota para Deus é pelo seu Filho.

Se você ainda não iniciou seus passos em Cristo e o quer fazê-lo, então tome sua mais importante escolha e decisão, creia em Jesus Cristo, o Filho de Deus, e o aceite como senhor e Salvador de sua vida. Ele irá enviar sobre você o Espírito Santo, consolador, que lhe auxiliará a chegar perante Ele! Lembre-se de Deus em tudo o que fizer e peça-o para levá-lo em direção e conhecimento àquilo que é correto e Ele se mostrará para você!

Eu creio sinceramente que só se consegue acertar e chegar o mais longe que se pode chegar, se colocarmos nossos pés em direção a esse caminho chamado Jesus.

Sigamos juntos os passos de Cristo.

Graça e Paz.

Pra. Adriana Reis

A Força da Igreja

“Unir-se é um bom começo, manter a união é um progresso e trabalhar em conjunto é a vitória” Henry Ford Quero falar sucintamen...