quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Coragem, a habilidade de confrontar o medo.



"Ter coragem não é algo que requeira qualificações excepcionais, fórmulas mágicas ou combinações especiais de hora, lugar e circunstância. É uma oportunidade que, mais cedo ou mais tarde, é apresentada para cada um de nós."

John F. Kennedy

Coragem é a habilidade de confrontar o medo, a dor, o perigo, a incerteza ou a intimidação. Uma pessoa corajosa é uma pessoa que, mesmo com medo, faz o que tem a fazer. Pode ser dividida em física e moral. O homem sem temeridade motiva-se a ir mais além. Enfrenta os desafios com confiança e não se preocupa com o pior. O medo pode ser constante, mas o impulso o leva adiante. Coragem é a confiança que o homem tem em momentos de temor ou situações difíceis, é o que o faz viver lutando e enfrentando os problemas e as barreiras que colocam medo, é a força positiva para combater momentos tenebrosos da vida. (Wikipédia)

Talvez você não se considere uma pessoa corajosa e sim covarde, porque com frequência sente muito medo, e talvez inveje os corajosos, aqueles, que quem sabe nem o medo conhecem! Mas quem disse que o corajoso não tem medo? Claro que tem medo sim! E como sentem medo! Todos nós sentimos!

Segundo um escritor, humorista e romancista norte-americano, Mark Twain a “Coragem é resistência ao medo, domínio do medo, e não ausência do medo." Ser corajoso é ir à luta, é avançar, resistir e vencer o medo sempre seguindo em frente! “A coragem não consiste na ausência de medo e ansiedade, mas na capacidade de prosseguir mesmo quando temeroso.” Gary R. Collins, Ph.D. em psicologia clínica.

Não quer dizer que uma pessoa que não tenha medo de nada, seja corajosa. Eu diria temerária, imprudente! É mais uma imprudência do que coragem. Essa pessoa pode até ser audaciosa e intrépida, mas não é propriamente corajosa. A temeridade não é o mesmo que coragem. Pois uma das qualidades de temerário é a imprudência, a aventura ariscada. O temerário pode, inclusivamente, pôr em perigo sua vida e a de outros também sem necessidade. Melhor a coragem do que a temeridade, pois a primeira é calma e prudente e a segunda é afoita e arriscada. “A coragem é filha da prudência, não da temeridade.” Pedro Barca

Segundo um escritor francês, Étienne Pivert de Senancour, “A coragem real é mais paciente que audaciosa”, a pessoa corajosa só enfrenta o perigo quando é preciso. Não o procura, mas o enfrenta quando é necessário! Diante dos maiores perigos, o corajoso é capaz de ficar paciente e imperturbável, firme e com os sentimentos voltados para o que realmente vale a pena.

Ser corajoso não é a mesma coisa que não ter medo. É ter medo, mas, ainda assim, aguentar firme, é ser capaz de aguentar e suportar os perigos que estão próximos, que estão a chegar sem recuar ou desanimar. Se não fosse por sua coragem já sofreria o medo antecipadamente, como bem disse Michel de Montaigne, escritor e ensaísta francês, "O homem que teme o sofrimento já está sofrendo pelo que teme”.

Repetindo. Uma pessoa corajosa é alguém que sente medo, mas que vence o medo! Coragem não é nada mais nada menos que o medo vencido. O corajoso é aquele que enfrenta qualquer parada sem desistir jamais. Todo mundo sente medo, ter medo ajuda a nos proteger, só não devemos deixar que o medo nos domine. É com certeza o que sugeriu Martin Luther King, “Devemos construir diques de coragem para conter a correnteza do medo”.

A grande maioria das pessoas não se considera corajosas, porque morrem de medo diante das circunstancias problemáticas da vida. Mas já vimos que medo não é falta de coragem, isso se falando de coisas que realmente devemos temer. Porque segundo disse o escritor russo, Leon Tolstoi, “É corajoso quem teme o que se deve temer, e não teme o que não se deve temer” Temer o que não se deve temer é covardia e loucura!

O filosofo Aristóteles afirma que a coragem só se relaciona com alguns perigos e não com todos. Quem não receia a doença ou certos fenómenos da natureza, como os terramotos ou as inundações, por exemplo, não pode ser considerado corajoso, mas sim louco. O homem corajoso é o que “mantém o sangue frio nas circunstâncias em que a maior parte ou a totalidade dos homens tem medo” (Ética a Nicómaco, capitulo XX do livro I).

Covardia é o oposto de bravura e de coragem. É algo que te força a não tentar, a não lutar por simples medo, por indecisão, por fraqueza. É deixar de fazer algo, desistir, abandonar pela metade pela falta de confiança em si próprio. É atacar sabendo que o adversário não poderá defender-se. (Wikipédia)

A coragem é a justa medida acerca dos sentimentos de medo e de confiança. Ao covarde falta-lhe confiança. Bem dizia o escritor e jornalista Bierce que “O covarde é aquele que, na hora do perigo, raciocina com as pernas.” Como teme tudo que não deve temer, é uma pessoa pessimista e sem esperança. O corajoso, pelo contrário, é confiante e esperançoso.

Um bom exemplo típico de que a coragem é a justa medida acerca dos sentimentos de medo e de confiança, é Coragem – o cão covarde, personagem de um desenho animado. O desenho conta a história de um cachorro chamado Coragem e seus donos, Muriel, uma típica senhora escocesa, e Eustácio, um fazendeiro mal-humorado, que vivem juntos em uma fazenda localizada no meio da cidade deserta e fictícia de Lugar Nenhum. Eles moram em uma pequena casa, onde acontecem aparições de monstros, fantasmas e outras criaturas.

Coragem é um cachorro medroso, quando filhote, seus pais foram raptados e mandados para o espaço (episódio "Lembranças do Passado do Coragem"), mas Coragem conseguiu fugir, então Muriel o achou e o levou para casa. Apesar de seus medos, Coragem está sempre salvando seus donos dos perigos e mistérios que ocorrem na fazenda e, algumas vezes, fica seriamente machucado, mas por sua determinação ele sobrevive.

Ao assistir o desenho temos a impressão de Coragem ser um cão covarde, mas logo percebemos que ele é corajoso, pois enfrenta seus medos e confiante e esperançoso tenta solucionar os grandes mistérios, e pra isso frequentemente usa a internet pra buscar informações sobre os fenômenos sobrenaturais que ocorrem em "Lugar Nenhum". É o que disse Anna Eleanor Roosevelt, Embaixadora dos EUA entre 1945 e 1952, “Ganhamos força, coragem e confiança a cada experiência em que verdadeiramente paramos para enfrentar o medo”.

E cabe aqui citar outro personagem de desenho, O corajoso ratinho Despereaux, o desenho é uma adaptação da obra de Kate DiCamillo. O filme conta a historia de um camundongo absolutamente destemido quanto ao que não se deve temer! E o filme traz uma grande mensagem sobre a coragem em face ao medo e rejeição. Ele lida com os temas de dor e sofrimento, e como eles afetam os nossos corações e nossas ações.

Despereaux é quase imune ao sentimento de medo, mas mantem sangue frio nos momentos em que a maior parte dos personagens tem medo. Na verdade ele construiu diques de coragem para conter a correnteza do medo! Ganhou força e confiança quando enfrentou seus obstáculos e isso fez dele o admirável ratinho corajoso! Livre de todo medo! Alias uma frase do filme resume bem o motivo de tanta coragem: “Sempre que você tiver esperança, você nunca está realmente prisioneiro de ninguém”.

Esses dois personagens são exemplos muito bons de coragem, mas são apenas histórias, e fica difícil não citar pelo menos alguns nomes de pessoas reais de histórias reais, tais como: José do Egito, Moisés, Elias, Daniel, Davi, Paulo, Jesus e tantos outros. Bom seria escrever sobre todos, mas são muitos para um texto tão pequeno! Então por hora, veremos três deles, dos quais não citei acima.

Começando por José, o carpinteiro. Ele foi pai de Jesus por adoção, Mateus conta no capitulo primeiro, verso 16 a 25 que através de um sonho, Deus manifestou sua vontade a José. “José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. Ela dará à Luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”.

O evangelista Mateus apresenta José temeroso diante da constatação da gravidez de Maria, e em um primeiro momento ele pensa em abandoná-la secretamente para não a expor, porque de outro modo ela seria afligida por ser mãe solteira. José logo fez o que o anjo lhe havia proposto, e a tomou por esposa e assumiu a sua paternidade no cuidado e proteção de Jesus, fugindo para um país estranho e desconhecido.

Quase que no anonimato, ele foi um exemplo de coragem, demonstrando para cada um de nós que sempre vale a pena viver sem medo e com fé, em qualquer circunstância!

Pode-se aprender muito sobre coragem com os homens citados na Bíblia. Mas e quanto às mulheres? Muitas delas foram corajosas, ousadas e intrépidas! A rainha Ester, por exemplo, através do seu ato de coragem e sabedoria, conseguiu, junto ao rei, que lhe desse dois dias para que seu povo pudesse se defender da sentença de morte. Por causa de sua coragem houve mudança no coração do rei e o povo judeu conseguiu vencer os seus inimigos!

Chuck Swildoll cita na introdução do livro Ester, uma mulher de sensibilidade e coragem, da série heróis da fé, de Charles R. Swildoll, o seguinte: “O poder da mulher que se defronta com uma situação ameaçadora da qual não pode escapar vem em seguida. Um misto de insegurança e perigo se esconde nas sombras, enquanto ela percebe achar-se virtualmente presa num labirinto de angustia circunstancial que não pode vencer. De maneira notável, ela não se desespera. Pelo contrario, sobrevive e se supera. É como se tivesse sido feita para uma conjuntura como esta”.

E continua Chuck, “Ester era esse tipo de mulher. Vitima inconsciente de uma situação insuportável, ela se ergueu e decidiu pela graça de Deus, a mudar as coisas. Abandonando o protocolo e ignorando todos os seus temores, esta mulher tomou uma atitude que a maioria de suas semelhantes jamais se arriscaria a tomar. Ao agir desse modo, ela expos e frustrou os planos de um homem perverso, que, como Adolf Hitler, tinha a mente saturada de violência. Essa mulher salvou sozinha, seu povo do extermínio. Chamo isso de poder!”

Eu chamo não só de poder como também de coragem! Na verdade, a pessoa corajosa é aquela que pratica atos de coragem porque é correto fazê-lo, aquilo que não é correto é pura covardia! E Ester assim como José, não foi covarde, pelo contrario, estava disposta a morrer juntamente com seu povo. Ela sabia da possibilidade de morrer em combate, assim como um cidadão que é chamado a lutar para defender a sua pátria. Mas mesmo diante das circunstancias e possibilidades terríveis de morte, ela não deixou que o medo a vencesse e lutou pelo que era correto.

Outra grande mulher na história bíblica foi Joquebede, mãe de Moisés, que junto a Anrão, seu esposo, e os filhos mais velhos, arriscou sua vida pela a do filho. Charles R. Swildoll cita no livro Moisés, um homem dedicado e generoso, que “Moisés tornou-se um grande homem de fé porque seus pais tinham fé. Eram levitas, evidentemente comprometidos com as coisas de Deus”.

Sabemos disso ao ler em Hebreus 11.23 “Pela fé Moisés, apenas nascido, foi ocultado por seus pais, durante três meses, porque viram que a criança era formosa; também não ficaram amedrontados pelo decreto do rei”. Não é se admirar os feitos corajosos de Moisés depois de saber sobre sua família.

A coragem deve estar fundamentada no poder do Senhor. A Bíblia diz em Deuteronômio 31:6 “Sede fortes e corajosos; não temais, nem vos atemorizeis diante deles; porque o Senhor vosso Deus é quem vai convosco. Não vos deixará, nem vos desamparará.”

Como disse anteriormente, talvez você não se considere uma pessoa corajosa e sim covarde, porque com frequência sente muito medo, mas quem sabe você seja como o Leão Covarde de um conto infantil, O Maravilhoso Mágico de Oz. Ele é o último dos companheiros que Dorothy Gale conhece no caminho para a Cidade das Esmeraldas. Além de Dorothy, o Leão Covarde se junta ao Homem de Lata e ao Espantalho, com o objetivo de pedir ao Mágico de Oz que lhe dê coragem. Apesar de aparentemente ser covarde, o Leão demonstra grande coragem durante a jornada.

E pra terminar, é como disse um escritor francês Gustave Flaubert, “Não tenho nenhuma coragem, mas procedo como se a tivesse, o que talvez venha dar ao mesmo”.

Tantos corajosos já existiram e ainda existem! Talvez eu talvez você...

Graça, Paz e muita coragem pra viver.

Pra. Adriana Reis.

“Não conheço fato mais encorajador que a inquestionável capacidade do homem para elevar sua vida através de um esforço consciente.”

Poeta - Henry David Thoreau


Leia também: Medos infantis

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Maturidade


"A maturidade me permite olhar com menos ilusões,
aceitar com menos sofrimento,
entender com mais tranqüilidade, com mais doçura.
Às vezes é preciso recolher-se.”
Lya Luft

O que é maturidade? Como poderíamos defini-la?

Já conversei com algumas pessoas sobre maturidade e já ouvi também muitas outras sobre o assunto e muitos me perguntam sobre as diferenças de alguém maduro e alguém imaturo. Bem... Convivo com muitas pessoas e estou sempre com os olhos nelas e isso me faz com frequência pensar sobre a maturidade delas. Aí fico pensando minha gente... Como podemos denominar pessoas maduras ou referir que alguém possua maturidade, sendo que todos os seres humanos não estão totalmente desenvolvidos. É algo complexo! Mas de alguma forma eu meço e faço uma diferenciação entre a maturidade e a imaturidade. A pedidos de alguns aí esta o post!

O dicionário Aurélio define maduro como: Amadurecido, sazonado. Plenamente desenvolvido. Refletido, prudente. Que já não é moço. E os Dicionários WEB e informal, definem por maturidade: Ter consciência do que quer saber, definir, analisar, agir no momento certo. É o estado das pessoas ou das coisas que atingiram completo desenvolvimento.

A palavra maturidade é um substantivo abstrato, determiná-la torna-se um pouco difícil. É um conceito subjetivo que percebemos e sentimos quando estamos diante dela, porém difícil de definir em palavras e de descrever todas as características que fazem parte dela, sem que haja restrições, diferenças de opiniões, debates e polêmicas.

O homem ainda é um mistério para ele próprio e então, como estabelecer o que seria a sua maturidade?

Bem... Penso eu que quando tentamos descrever alguma coisa, definimos e comunicamos algo, às vezes generalizamos, às vezes omitimos detalhes ou até distorcemos as informações de acordo com os nossos filtros mentais. Tentarei aqui descrever alguém maduro através de meus próprios filtros mentais. Então vamos lá!

A maturidade faz parte de um processo cheio de etapas e esse processo pode ser vagaroso e demorado. Mas acredito que passar por todas as etapas não quer dizer necessariamente que alguém seja maduro. Se você terminou a faculdade, casou e teve filhos ou viveu duzentos anos não quer dizer que é necessariamente maduro.

A maturidade não é um sinônimo de idade avançada, tem muitas pessoas adultas por aí que estão longe de ser maduras! Digo com propriedade, pois conheço um montão assim, como também conheço pessoas ainda jovens que são muito mais possuidoras de maturidade do que muitos “cinquentões” ou “duzentões” por aí!

Existe um tempo necessário para nosso amadurecimento. Porem, nem sempre a maturidade emocional ou espiritual acompanha a maturidade física. A maturidade física ocorre por volta dos 21 anos. Contudo, a maturidade mental, emocional e espiritual não tem um tempo determinado teoricamente para acontecer. O tempo de maturação vai depender das experiências pessoais de cada pessoa, vai depender do aprendizado obtido ou não de cada uma das experiências vividas. Muitas pessoas não amadurecem, elas apenas envelhecem!

O ser humano necessita de condições adequadas para seu pleno desenvolvimento e amadurecimento. Infelizmente, algumas pessoas não têm ou não querem ou não sabem como obter e desenvolver os recursos de que precisa, seja educação, conhecimento ou experiência para seu pleno desenvolvimento e amadurecimento como ser humano.

Uma pesquisa britânica (Universidade Southampton, em Highfield) afirmou que, para muitas pessoas, a fase adulta (maturidade) não é definida pela passagem por eventos tradicionais, mas por uma mudança na personalidade e no comportamento.

De alguma forma a pessoa madura abandona as “coisas de menino”, porque a maturidade requer que deixemos as coisas infantis. A Bíblia diz em 1 Coríntios 13:11 que “Quando eu era menino, pensava como menino; mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.”

É à saída de uma personalidade infantil e egoísta para uma mais altruísta, acredito como o Padre Fabio de melo que “a maturidade acontece, quando tomamos posse do que nós somos, para aí então poder nos dividir com os outros. Isso faz parte do processo de maturidade.”

Pessoas maduras são como os frutos maduros que são saborosos. Hummmm... Essas pessoas deixam boas sensações na gente! Aqueles que provam de sua companhia sentem o gosto adocicado e saboroso de suas ações e atitudes sábias e maduras. A cada encontro com pessoas maduras aprendemos um pouco mais, e esses encontros se tornam agradáveis e desejáveis. O encontro com uma pessoa madura é delicioso e nos acrescenta! Essas pessoas já deixaram de se preocupar com o próprio umbiguinho, têm uma visão de vida que extrapola sua preocupação centrada em si mesma. Seus interesses envolvem o bem estar das pessoas com o intuito de contribuição para melhorar o mundo em que vivem.

Já uma pessoa que não tem maturidade, é como um fruto verde, de difícil degustação. Não me refiro aos de pouca idade, e talvez com pouca experiência de vida, pois estão na sua normalidade, passando por uma etapa do processo da vida. Lembrando que a palavra imatura vem do verbo madurar que significa algo que não madurou ainda. Alguém com menos idade tem muito que viver e percorrer ate atingir a maturidade, mas assim mesmo alguns adquirem mais cedo, há pessoas que amadurecem cedo e outras que levam mais tempo, eu costumo dizer que a pessoa imatura é uma pessoa a meio caminho, assim alguém muito jovem que ainda se encontra com atitudes imaturas, infantis é compreensivo, pois têm mais tempo e caminho a percorrer. Contudo os “duzentões” que me refiro simbolicamente como fruto verde é que são de difícil degustação. Esses possuem pouco tempo e ainda o perdem andando em direção contraria a maturidade.

São infantis, egocêntricos e mais preocupados consigo mesmos, focados em si próprios, pouco preocupados com as pessoas que os rodeiam. Suas atitudes e comportamentos egoístas muitas vezes causam decepção, mal estar e um gosto amargo nas pessoas.

O imaturo é desigual, variável, irregular, os seus sentimentos movem-se e balançam como um pêndulo, de maneira que ninguém nunca sabe o que esperar dele. O seu estado de ânimo é como uma montanha russa cheia de oscilações. Vive em constante mudança temperamental.

Os imaturos encontram pretexto para tudo. São os retardatários crônicos, os contadores de vantagens, que falham no momento das crises. A vida dessas pessoas é um emaranhado de promessas não cumpridas, assuntos inacabados e amizades desfeitas.

Mas continuando ainda falando sobre o fruto maduro, eu diria que maturidade é um montão de coisas, tais como a serenidade, é enxergar claramente a realidade natural das coisas. É ter uma visão aberta e realista das coisas que realmente importam na vida. É também generosidade, é ser voltado para os outros, buscando oportunidades de servir e ajudar. É enxergar como é pequeno o argueiro no olho do outro por ter removido a trava que estava no seu.

É discernimento. É aquela percepção intuitiva das coisas do espírito e da alma que nem sempre os olhos naturais enxergam. É enxergar cada aspecto da vida e do mundo pelos olhos de Deus que a ambos criou. É liberdade. É encarar com tranquilidade as próprias limitações.

É sabedoria. É dobrar-se voluntariamente, não diante das circunstâncias, mas diante do Deus que está no controle das circunstâncias. É intimidade com Deus. É estar de tal modo identificado com a Sua vontade que nada importa mais do que vê-la cumprida. E para acrescentar gosto desse texto de autor desconhecido por mim que diz:

Maturidade é ter o poder de controlar a raiva e de resolver divergências sem violência nem destruição.
Maturidade é ter paciência e disposição para abrir mão de um prazer imediato, com vistas a uma vantagem a longo prazo.
Maturidade é ter perseverança, é empenhar-se a fundo num programa, a despeito da oposição e dos contratempos desalentadores.
Maturidade é ter abnegação, é atender às necessidades alheias.
Maturidade é ter a capacidade de enfrentar o desagradável e a decepção sem nos tornarmos amargos.
Maturidade é ter humildade. Uma pessoa madura consegue dizer:
"Perdoe-me." E, quando fica provado que estava com a razão, não sente a necessidade de se vangloriar: "Eu não disse?”
Maturidade significa credibilidade, integridade e cumprimento da palavra.

Então... É assim que eu faço a distinção entre uma pessoa madura e uma ainda imatura, eu procuro particularmente perceber características das quais falei para determinar a diferença.

Eu sei que não está ao meu alcance e nem de ninguém atingir uma medida exata para maturidade, mas pra mim ela significa: o progresso em afastar-se o homem da sua animalidade, marcado pelo egoísmo, e em levá-lo a uma interação social em que a paz e a felicidade tornam-se possíveis.

Enfim... Maturidade...
Exercê-la exige uma atitude consciente, apoiada no sincero desejo de transformação. Hoje ser melhor que ontem e amanhã melhor que hoje; ser sempre melhor a cada dia, portanto, a busca da maturidade é interminável, mas o que importa é que dia a dia se possa dar um passo rumo a esse objetivo.

“Uma pessoa imatura pensa que todas as suas escolhas geram ganhos. Uma pessoa madura sabe que todas as escolhas tem perdas.”
Augusto Cury

“A pessoa madura é aquela que é capaz em primeiro lugar, reconhecer sua própria imaturidade“.

Pensem nisso...
Graça e Paz e crescimento a todos vocês!
Pra. Adriana Reis

sábado, 1 de janeiro de 2011

Um velho ditado: “A esperança é a última que morre”

Será mesmo? Pensando em um 2011 melhor...


ESPERANÇA – Por Mário Quintana

Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, menininha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...

Esperança - Do Dicionário Aurélio: Ato de esperar o que se deseja. A expectativa, a espera, a fé, a confiança em conseguir o que deseja. Aquilo que se espera ou deseja.

O termo esperança transmite a ideia de aguardar longamente e de confiar (esperar com confiança) que resulta em uma expectativa de fé, em uma espera paciente. É longa porque nem sempre temos a resposta no momento em que desejaríamos. É confiar, pois, nem sempre tudo parece dar certo.

Na melhor das hipóteses, os dicionários descrevem a esperança como a expectativa otimista da realização daquilo que se almeja. No entanto, não são todos que tem uma visão tão positiva em relação à esperança. O filosofo Alemão, Nietzche, por exemplo, costumava dizer que a esperança é o derradeiro mal, que é o pior dos males, porque prolonga o tormento e o sofrimento.

Dentro do contexto mitológico a Esperança é um dos males da Humanidade, simboliza a eterna espera por algo que não virá. (Segundo a Wikipédia: Ora, tinha Epimeteu em seu poder uma caixa que outrora lhe haviam dado os deuses, que continha todos os males. Avisou a mulher que não a abrisse. Pandora não resistiu à curiosidade. Abriu-a e os males escaparam. Por mais depressa que providenciasse fechá-la, somente conservou um único bem, a esperança.)

Mas nos tempos modernos ela é tida como nobre sentimento, e precisamos trata-la assim. Porque a esperança seria como aquela carta fora do baralho, que você usa como grande trunfo ou aquela luz no fim do túnel, dependendo de sua visão de mundo, seja vendo a vida como um jogo, seja vendo-a como um longo e escuro túnel, é imprescindível ter esperança. Caso contrário, caros leitores, o que seria da vida se não tivéssemos esperança? Seria um caos total! Chegaríamos ao fim da vida.

Neste poema acima de Mário Quintana, pode-se tirar uma lição. A esperança não é a última que morre, pois ela não morre. Mesmo que a ciência e as estatísticas afirmem o contrário. Lá esta a esperança caindo de um prédio e totalmente ilesa na calçada!

Ter esperança é fundamental para viver. Ela é fonte de força para continuar a caminhada, é fonte de força para lutar. Nas palavras de Santo Agostinho, filósofo e escritor da antiguidade, "Enquanto houver vontade de lutar, haverá esperança de vencer.”

Entretanto, a esperança não deve ser uma alienação da realidade, não deve ser um ato de inação, de inércia, de desculpa para os fracos cruzarem os braços e esperarem para que algo aconteça. Textos Judaicos dizem que “é bom ter esperança, mas é ruim depender dela”.

Não seria uma espera tão somente, ela por si só não basta. É preciso mais junto a ela. É preciso ter atitude para alcançar aquilo que se espera. Caso ao contrario ela seria como um “urubu pintado de verde” como descreveu Mario Quintana em outro verso. É preciso junto a ela doses de determinismo, paciência e solidariedade, para não corrermos o risco de sermos mais um que fica “sentado com a boca cheia de dentes esperando a morte chegar” como diz a letra de uma música de Raul Seixas.

A esperança é uma qualidade da qual não devemos abrir mão, pois ela é uma determinação heróica da alma. Ela é o desespero superado. É a arte de ser feliz sem ainda ter alcançado a felicidade. Como escreveu Joseph Joubert, um escritor francês “A esperança é um empréstimo que se pede à felicidade”.

Bem... Mas quem mais descreveu com maior maestria o que é a esperança e com a inspiração de Deus foi o profeta Jeremias. No final do versículo de Jr 17.7 surge a pérola da definição, quando ele diz que “… esperança é o Senhor”. A genuína esperança é o próprio Senhor. Neste texto de Jeremias (Jr 17.5-8) o Senhor trabalha o conceito de confiança. A confiança é a demonstração de onde está a esperança. Nos versículos seguintes, o texto explica porque o ser humano erra tanto quando não coloca sua esperança no Senhor. Um escritor e poeta francês, chamado Victor Hugo disse que “a esperança seria a maior das forças humanas, se não existisse o desespero”. Os versos 9 e 10 descrevem a condição desesperada do coração humano, desprovido de cura espiritual, que acaba por produzir engano e perversidade, minando a força humana.

Assim como a esperança e a fé podem realizar milagres, o desespero faz com que o homem cometa os maiores pecados. Pois quando alguém, em um momento de dificuldades, entra em desespero, torna-se extremamente vulnerável, tanto emocional quanto moral e espiritualmente.

As Escrituras separam duas situações relacionadas à esperança. Biblicamente, existem dois tipos de pessoas, as que não têm esperança no Senhor e as que têm (Ef 2.12). A verdadeira esperança está totalmente ligada ao que a pessoa Jesus Cristo representa na vida de cada homem e mulher.

Aqueles que não usufruem desta esperança são todos os que negam a existência de Deus, Seu poder, Sua ação na história e a Sua revelação através da Palavra (Sl 14.1; Rm 1.18-27). Além destes pontos, existe o fato destas pessoas não confiarem suas vidas a Jesus. As pessoas que são inimigas da esperança, como Nietzche, não concebem que possa existir alguém com a capacidade de senhorio que Jesus tem. Estas pessoas são incapazes de ver a vida em sua plenitude, por não crerem que Jesus é o filho de Deus (Jo 3. 16 e 36). Tais pessoas estão condenadas a uma vida de sofrimento e angústia. Santo Agostinho disse que “a boa consciência conduz à esperança. A má consciência, ao desespero”.

O segundo grupo de pessoas, os que têm esperança em Jesus, é formado por todos aqueles que acreditam com veemência no poder de salvação de Cristo. Não colocam sua fé somente no cuidado de Jesus para esta vida, mas principalmente para a eternidade. Os que têm a verdadeira esperança conservam o seu foco na vida eterna (Tt 1.2; 1Pe 1.4) e na consolação que ela traz (1Ts 4.13).

Devemos entender que a própria esperança é o Senhor. Somente através Dele é que podemos alcançar garantias para o futuro. Como diz o texto de Jeremias, “Bendito o homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor. Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão, não se perturba, nem deixa de dar fruto”.

Alguém um dia me disse que a esperança está muito ligada a dúvida e incerteza, porque se algo é certo, então não precisa de esperança. Não concordei! E ainda não concordo! Porque mesmo que certo ou incerto, só esperamos quando confiamos! Então para mim a esperança está muito ligada à confiança, a fé. Se você acredita, tem esperança, se tem esperança então acredita. E tenho a confirmação disso na Palavra.

A-CRE-DI-TAR, CON-FI-AR. Lembrem-se que “a fé é a certeza de coisas que se esperam e a convicção fatos que se não veem.” Hebreus 11.1

Então certo ou incerto, quando você tem esperança, nenhum problema é grande demais, nenhuma tarefa é árdua demais, nenhum sonho é impossível e nunca é tarde demais para realizar o seu sonho de ser feliz. A esperança tem tudo a ver com a possibilidade de realização dos nossos sonhos. Quem espera com fé e confiante em Deus, jamais se tornará escravo do desespero.

Quando nada na vida corre bem, quando não se tem uma única perspectiva positiva, ou seja, nenhuma esperança, o que fazer? Infelizmente é o fim! O suicídio tem sido uma das respostas. O suicida é em vezes, alguém desesperado que ao longo da vida se confrontou com uma larga maioria de situações desagradáveis e apenas um ou outro eventual momento de satisfação. Mas é mais do que isso, é alguém que olhando para o futuro não vê qualquer perspectiva de melhoria e não vê qualquer necessidade de existência.

Eu acredito que a morte começa no momento em que não temos mais esperanças. Por isso leitores e amados irmãos, jamais percam a esperança! Acreditar sempre é fundamental. Há um ditado que diz: “Quem acredita sempre alcança”. A esperança é o combustível para que as realizações aconteçam. Mas as pessoas não têm esperança na vida mais, não têm esperança em Deus mais, não têm esperança na vitória e sucesso, estão sem perspectivas. Mas em contra partida Deus não perdeu as esperanças em nós. Um poeta, romancista, músico e dramaturgo, chamado Tagore, escreveu que "Cada criança, ao nascer, traz-nos a mensagem de que Deus ainda não perdeu a esperança nos homens”.

Nossa esperança é o nosso compromisso com a felicidade. Quando plantamos esperança em nossos corações, uma vida mais feliz é o produto de nossa colheita. E essa felicidade gera novas sementes, para produzir ainda mais esperança.

Bem... Respondendo a questão. A esperança é última a morrer?

Já ouvi dizer que a esperança é a ultima que dorme, porque morrer ela não morre nunca, apenas adormece, e na primeira oportunidade, olha ela lá, acordadinha! Já ouvi dizer que enquanto há vida, há esperança. Já ouvi dizer que a esperança é a maior fonte de energia do ser, quando ela morre, nos morremos com ela. Já ouvi dizer que a esperança é a última que morre. Pois enquanto eu viver a esperança vive comigo.

Gosto particularmente disso tudo! Talvez daí, destas respostas, derive o ditado de que a esperança é a última que morre, simplesmente porque morre conosco.

Mas a resposta é muito mais óbvia! A esperança é a última que morre?

Não... Não!!! Ela não morre!!!

Eu não acredito nesse ditado, pois a minha esperança já morreu... E ressuscitou e hoje vive e reina para sempre, que é Cristo Jesus.

Graça e Paz e Esperança sempre!

Pastora Adriana Reis.


“Os miseráveis não têm outro Remédio a não ser a esperança.”
William Shakespeare

"A esperança é o sonho do homem acordado."
Aristóteles

A Força da Igreja

“Unir-se é um bom começo, manter a união é um progresso e trabalhar em conjunto é a vitória” Henry Ford Quero falar sucintamen...