Antigamente era muito comum que casais tivessem uma escadinha de filhos, meus avós paternos tiveram 18 filhos! Nos dias de hoje isso é incomum, pois a opção das famílias é por poucos filhos, um ou dois, no máximo três, segundo o IBGE.
A ordem do nascimento (A posição na escadinha) pode influenciar, significativamente, no comportamento e personalidade das crianças. Pois elas adotam diferentes posturas e estratégias em busca da aprovação de seus pais.
Geralmente o primogênito desde cedo se torna sensível às regras e expectativas dos pais assumindo mais facilmente responsabilidades. Quase sempre também o caçula é o mais mimado, pois os pais muitas vezes, impõem menos limites, alegando se tratar do mais “pequenininho” e mais “frágil”.
Cabe ao filho do meio lutar para que sobre um pouco da atenção dos pais, dividida entre os irmãos. Ele é o “filho sanduíche” aquele que vivencia dificuldades por não ter os mesmos privilégios do menor, que é mais protegido, ganhando colo e comida na boca. E nem tem os mesmos privilégios do maior, que desfruta da confiança e credibilidade dos pais desenvolvendo maior autonomia.
Ele pode apresentar comportamentos regressivos incompatíveis com sua idade e próprio do irmão caçula, tais como: fala infantilizada, enurese noturna, volta á chupeta e aos brinquedos que já não lhe interessavam mais. Pode ter dificuldade para consolidar a sua maneira de ser e a sua posição dentro da família. Em busca do seu espaço próprio, pode acabar apresentando atitudes que evidenciam a necessidade de ser diferente: se um irmão é dócil, ele é o rebelde; se o outro é um gênio, então ele apresenta dificuldades escolares. Diante disso pode ser vítima de freqüentes comparações, muitas vezes injustas. Estas são só algumas manifestações de dificuldades que o filho do meio pode vivenciar.
Dicas para os pais
Ser o “filho sanduíche” tem lá suas dificuldades. Mas essas podem ser amenizadas se os pais permitirem que cada filho ocupe o seu lugar e sinta que, inde¬pendente da ordem de chegada, todos são reconhecidos por suas qualidades e características pessoais. O filho do meio enfrentará melhor as dificuldades se a sua individualidade for respeitada, se não lhe cobrarem tanto os com¬portamentos infantis (próprios do caçula) e nem exigirem posturas mais maduras (próprios do velho).
A cada filho que nasce é modificada a composição e a dinâmica familiar e cada um deles será influenciado de modo especial e único. Embora integrantes de uma mesma família, cada filho é um indivíduo único, diferente.
Educar não é simples. E, na medida em que os filhos crescem, é importante conhecer as características de cada um. É preciso muito jogo de cintura para que os filhos sejam tratados igualmente, justamente por serem diferentes. Não é uma tarefa fácil! Para não errar com os pequenos, lembre-se de que cada filho tem suas características e, portanto suas próprias exigências.
Muitos pais ignoram a distinção que fazem entre seus filhos trazendo grandes prejuízos ao seu desenvolvimento, no caso do filho do meio, pode ter problemas com auto-estima, já que fica apagado na ordem familiar. Os pais devem distribuir a atenção e cuidado de uma maneira mais equilibrada possível entre os filhos, não estabelecendo um deles como modelo, nem negligenciando as necessidades do outro.
Para os “filhos sanduíches”
Geralmente o filho do meio se sente preterido pelos pais, sente que na maior parte das vezes, o primogênito recebe dos pais respeito, e o caçula apoio. Ficando ele meio de sobra. Mas se houver um desenvolvimento saudável com um bom enfrentamento logo aprende a cuidar de si e resolver seus problemas. É o filho que tende conquistar mais ativamente uma identificação ou predileção com os pais, sendo possível ter uma maior autonomia e autenticidade.
Ele pode ter uma personalidade independente, afinal, não teve os paparicos do último ou as mordomias do primeiro, se tornando capaz de se adaptar às circunstâncias mais facilmente. É o filho que pode melhor desenvolver o aprendizado social como também ser um grande mediador entre os irmãos. Outro fato, é que o do meio passa a ser o ex-caçula, perdendo o estigma de ser o menor, e pode ser que esta sensação de ser promovido atinja todo o resto de sua vida, se promovendo e tendo sucesso em variadas áreas.
Assim tão bonito... E ninguém me adula!
Não sou o primogênito, nem sou o caçula.
Não sou o primeiro, tampouco, o terceiro.
Sou filho do meio e, de graça, sou cheio
Do tal sanduíche, sou só o recheio.
Mas... Digo a verdade e ganho a aposta:
Sempre é do recheio que todos mais gostam!
(Escritora e poetisa - Maria da Graça Almeida)
Graça e Paz.
Pra. Adriana Reis
A ordem do nascimento (A posição na escadinha) pode influenciar, significativamente, no comportamento e personalidade das crianças. Pois elas adotam diferentes posturas e estratégias em busca da aprovação de seus pais.
Geralmente o primogênito desde cedo se torna sensível às regras e expectativas dos pais assumindo mais facilmente responsabilidades. Quase sempre também o caçula é o mais mimado, pois os pais muitas vezes, impõem menos limites, alegando se tratar do mais “pequenininho” e mais “frágil”.
Cabe ao filho do meio lutar para que sobre um pouco da atenção dos pais, dividida entre os irmãos. Ele é o “filho sanduíche” aquele que vivencia dificuldades por não ter os mesmos privilégios do menor, que é mais protegido, ganhando colo e comida na boca. E nem tem os mesmos privilégios do maior, que desfruta da confiança e credibilidade dos pais desenvolvendo maior autonomia.
Ele pode apresentar comportamentos regressivos incompatíveis com sua idade e próprio do irmão caçula, tais como: fala infantilizada, enurese noturna, volta á chupeta e aos brinquedos que já não lhe interessavam mais. Pode ter dificuldade para consolidar a sua maneira de ser e a sua posição dentro da família. Em busca do seu espaço próprio, pode acabar apresentando atitudes que evidenciam a necessidade de ser diferente: se um irmão é dócil, ele é o rebelde; se o outro é um gênio, então ele apresenta dificuldades escolares. Diante disso pode ser vítima de freqüentes comparações, muitas vezes injustas. Estas são só algumas manifestações de dificuldades que o filho do meio pode vivenciar.
Dicas para os pais
Ser o “filho sanduíche” tem lá suas dificuldades. Mas essas podem ser amenizadas se os pais permitirem que cada filho ocupe o seu lugar e sinta que, inde¬pendente da ordem de chegada, todos são reconhecidos por suas qualidades e características pessoais. O filho do meio enfrentará melhor as dificuldades se a sua individualidade for respeitada, se não lhe cobrarem tanto os com¬portamentos infantis (próprios do caçula) e nem exigirem posturas mais maduras (próprios do velho).
A cada filho que nasce é modificada a composição e a dinâmica familiar e cada um deles será influenciado de modo especial e único. Embora integrantes de uma mesma família, cada filho é um indivíduo único, diferente.
Educar não é simples. E, na medida em que os filhos crescem, é importante conhecer as características de cada um. É preciso muito jogo de cintura para que os filhos sejam tratados igualmente, justamente por serem diferentes. Não é uma tarefa fácil! Para não errar com os pequenos, lembre-se de que cada filho tem suas características e, portanto suas próprias exigências.
Muitos pais ignoram a distinção que fazem entre seus filhos trazendo grandes prejuízos ao seu desenvolvimento, no caso do filho do meio, pode ter problemas com auto-estima, já que fica apagado na ordem familiar. Os pais devem distribuir a atenção e cuidado de uma maneira mais equilibrada possível entre os filhos, não estabelecendo um deles como modelo, nem negligenciando as necessidades do outro.
Para os “filhos sanduíches”
Geralmente o filho do meio se sente preterido pelos pais, sente que na maior parte das vezes, o primogênito recebe dos pais respeito, e o caçula apoio. Ficando ele meio de sobra. Mas se houver um desenvolvimento saudável com um bom enfrentamento logo aprende a cuidar de si e resolver seus problemas. É o filho que tende conquistar mais ativamente uma identificação ou predileção com os pais, sendo possível ter uma maior autonomia e autenticidade.
Ele pode ter uma personalidade independente, afinal, não teve os paparicos do último ou as mordomias do primeiro, se tornando capaz de se adaptar às circunstâncias mais facilmente. É o filho que pode melhor desenvolver o aprendizado social como também ser um grande mediador entre os irmãos. Outro fato, é que o do meio passa a ser o ex-caçula, perdendo o estigma de ser o menor, e pode ser que esta sensação de ser promovido atinja todo o resto de sua vida, se promovendo e tendo sucesso em variadas áreas.
Assim tão bonito... E ninguém me adula!
Não sou o primogênito, nem sou o caçula.
Não sou o primeiro, tampouco, o terceiro.
Sou filho do meio e, de graça, sou cheio
Do tal sanduíche, sou só o recheio.
Mas... Digo a verdade e ganho a aposta:
Sempre é do recheio que todos mais gostam!
(Escritora e poetisa - Maria da Graça Almeida)
Graça e Paz.
Pra. Adriana Reis