domingo, 1 de novembro de 2009

A Expectativa Messiânica

A Expectativa Messiânica é a expressão utilizada para se referir à ansiedade de um povo pela chegada do seu messias. Os judeus a tiveram de forma bastante latente, na época em que nasce Jesus, o povo já havia desenvolvido uma forte expectativa messiânica.

No caso dos cristãos, embora o Messias, que é o Senhor Jesus Cristo, já tenha vindo, esperamos o seu retorno, quando haverá de estabelecer o Seu reino eterno sobre a criação restaurada ao padrão original.

De acordo com a perspectiva paulina, a ressurreição de Jesus é o evento inaugural e mais importante da era Messiânica. O teólogo Richard Gaffin argumenta: “A ressurreição de Cristo é um evento específico e inerentemente escatológico; na verdade, o evento chave e inaugural da escatologia. Sua ressurreição não é um evento isolado no passado, mas, tendo ocorrido no passado, pertence à futura consumação e, a partir desse futuro, penetrou na história.”

É particularmente na ressurreição que Jesus é proclamado o Messias, segundo o que Paulo afirma na saudação da carta aos Romanos. Ao usar o título “Filho de Deus” como fundamento, os escritores do Novo Testamento referiam-se à expectativa Messiânica do Antigo Testamento. E naquela proclamação, não há de modo algum mudança na natureza de Cristo, mas sim a apropriação do “ofício”. Essa “designação” é, na verdade, uma afirmação pública de que a era escatológica Messiânica chegou.

Enquanto a ressurreição de Jesus é o evento inaugural destes “últimos dias”, a presença do Espírito na vida do crente certamente consiste em sua característica distintiva. A era Messiânica é, sem sombra de dúvida, a “era do Espírito Santo”. Nele, encontramos não apenas o poder para uma vida vitoriosa, mas sua presença também confirma a promessa ainda por vir. A presença e a obra do Espírito foram prometidas e é uma bênção antecipada da era Messiânica.

Todavia, nós que temos a verdade e cremos no único e verdadeiro Messias, o Cristo ressurreto que inaugura os últimos dias, muitas vezes mostramos fervor e expectativa incomparavelmente inferiores àquele visto em outras religiões. Na verdade, o cristianismo tem se tornado materialista em grande medida. Embora confessem a fé no retorno de Jesus, os crentes não parecem esperá-lo, muito menos, o ansiá-lo. A religiosidade evangélica se voltou para esta vida, como uma espécie de solução e viabilidade da presente vida.

A ênfase nas curas e na prosperidade material comprova isso. O crente cansou de esperar? Pode ser. Uma das parábolas que falam do ambiente da volta de Cristo, proferida por Ele em seu “Sermão Profético” é a “Parábola das Dez Virgens” (Mateus 25.1-13). Como uma espécie de damas de honra do noivo, cabia-lhes levá-lo às núpcias. Entretanto, cinco delas não se prepararam para esperar o noivo. Na verdade, se aprontara, apenas, para o tempo que acreditavam que ele voltaria. Da mesma forma, aparentemente, a igreja parece considerar apenas a Sua primeira vinda. Com os olhos fitos nela, olhando para trás, a um passado distante, está de costas para o Cristo que vem, podendo pegar-lhe despercebida.

É anunciada a realidade do retorno de Jesus, não apenas a sua volta, mas como voltará: “virá do modo como o vistes subir”. Assim como Jesus ascendeu ao céu e foi encoberto pelas nuvens (a Shekinah, símbolo da presença pessoal de Deus), também voltará, quando virá sobre elas, trazendo os seus santos (Apocalipse 1.7 e 1 Tessalonicenses 4.17). Não nos esqueçamos que o evangelho não é um tipo de prolongamento da presente vida ou um mero meio de facilitá-la. Esperamos algo muito além, uma realidade que “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou sem coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1 Coríntios 2.9). Aguardemos, com certeza e fé, ansiosos, a volta de nosso Senhor.

Pensando algumas questões: Como temos vivenciado a expectativa messiânica em nossos dias? A Igreja, como um todo, também tem que desenvolver o cuidado pastoral. Como podemos, na prática, demonstrar que o Messias-Cristo nos enviou para pastorear seu rebanho? Que atitudes demonstram este pastoreio?

Para demonstrarmos que Cristo nos enviou para pastorear seu rebanho devemos primeiramente ser confiantes em Deus, pois Ele é o condutor para á vida plena, e nós, seus instrumentos para o pastoreio e para o cuidado em favor do povo. Nossas atitudes devem ser de forma geral de solidariedade, amor, perdão, dedicação e persistência.

Graça e Paz.

Pra. Adriana Reis

Bom de ler: Expectativas Messiânicas no Mundo.

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