terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Amizade Aristotélica

Aristóteles discorre sobre a natureza da amizade, e a discussão se faz necessária, pois ela é como ele mesmo disse uma virtude, e é, além disso, extremamente necessária à vida. “Com efeito”, afirma o filósofo, “ninguém escolheria viver sem amigos, ainda que dispusesse de todos os outros bens, e até mesmo pensamos que os ricos, os que ocupam altos cargos, e os que detêm o poder são os que mais precisam de amigos; de fato, de que serviria tanta prosperidade sem a oportunidade de fazer o bem, se este se manifesta, sobretudo e em sua mais louvável forma em relação aos amigos?”

Os antigos colocavam a amizade entre as mais altas virtudes. Era um elemento essencial à felicidade e ao pleno florescer da vida, e desta forma me lembro de Salomão que disse: “Assim como os perfumes alegram a vida, a amizade sincera dá ânimo para viver.” Provérbios 27:9. E “A amizade redobra as alegrias e corta os males em metades.” Francis Bacon, filósofo e político inglês. E "Pois sem amigos", diz Aristóteles, "ninguém escolheria viver, apesar de todos os outros bens". Palavras dignas de serem lembradas num mundo de “bens” perecíveis como o nosso.

Na Ética à Nicômaco, Aristóteles dedica dois livros (VIII e IX) ao tema da amizade. Sendo este um tratado de ética. Afirma que deve existir mais de uma forma de amizade, neste sentido apresenta três espécies de objetos de amor: o que agradável, ou útil ou bom.

Destes três objetos nascem três espécies distintas de amizade, e essas espécies de amizade fazem referência às qualidades que as fundamentam. Sendo então a amizade segundo o prazer, a amizade segundo a utilidade e a amizade segundo a virtude, ou a amizade perfeita conforme classifica Aristóteles.

Aqueles que fundamentam sua amizade SEGUNDO O PRAZER o fazem por causa daquilo que é agradável. Por exemplo, tem pessoas que têm muitas amizades não por causa do seu caráter, mas sim devido ao prazer que podem proporcionar umas às outras. Têm um prazer natural no convívio com os seus amigos. Deparamo-nos com este tipo de amizade em quase todos os períodos de nossa vida. Na escola, na igreja e em outros lugares.

Por exemplo, podemos identificar as pessoas cheias de vivacidade, que mantêm quase sempre um amplo círculo de amizade. Mas isso não se deve ao que são em si mesmas, e nem por causa do seu caráter, mas apenas por causa do prazer que podem proporcionar aos outros e também receber.

As amizades SEGUNDO A UTILIDADE são também de natureza semelhante, é estabelecida pelo bem que uma pessoa pode receber da outra. Mais uma vez, as pessoas envolvidas neste tipo de relação não amam por causa do seu caráter, mas sim devido a uma utilidade.

Podemos identificar esse tipo de amizade, por exemplo, nas relações de trabalho, nas relações escolares e acadêmicas. Ou então quando temos uma equipe ou um grupo que luta por um objetivo ou por um bem comum. Essas pessoas, neste caso, não se amam e não desejam a companhia umas das outras por si mesmas, mas mantêm uma relação de amizade porque isso resultará em um bem para si próprio.

Não há da parte dessas pessoas um interesse pelo o humano, pelo individuo, pelo o outro, mas um desejo de domínio sobre questões que lhe são interessantes. Como diz uma frase de autor desconhecido por mim, à amizade dessas pessoas “É a alimentação dos fracos e é reino dos fortes.”

Tanto a amizade segundo o prazer quanto a amizade segundo a utilidade são geralmente efêmeras, passageiras, se desfazendo facilmente. São de fato muito passíveis de dissolução se as partes não permanecem iguais, isto é, quando deixam de ser agradáveis ou úteis. Ora geeeeeente, a natureza da utilidade não é de permanência, mas de constante variação, assim, quando o motivo que os tornou amigos desaparece, a amizade também se dissolve.

A amizade pode cessar quando não houver mais interesses. Esse fato ocorre quando um ama o outro visando o prazer ou a utilidade, e esse outro não possui ou deixa possuir as qualidades que se espera. Ou seja, um não amava o outro por si mesmo, à vista que suas qualidades também não eram duradouras. Nesse sentido, os desentendimentos ocorrem quando o que as pessoas obtêm é algo diferente daquilo que desejam.

Alguns lamentosos pelo desaparecimento da amizade tentam encontrá-la de novo, mas é preciso muito cuidado com as amizades rompidas (dependendo de sua fundamentação), quando há o interesse de reatamento, pois como disse François La Rochefoucauld, Duque Francês, “As amizades renovadas exigem mais cuidados do que aquelas que nunca foram interrompidas.” E tem um ditado que diz assim: "De amigo reconciliado, guarda-te dele como do diabo." (risos!) Não é de rir não! Mas não deixa de ser verdade!

De qualquer forma aquele que ama o amigo que cuide da relação! Em Provérbios 18.19 diz: “É mais difícil ganhar de novo a amizade de um amigo ofendido do que conquistar uma fortaleza...” É bom que se procure fazer o bem, mas se de tudo não encontrar a amizade perdida, bola pra frente e sorria pra vida! Como disse um escritor irlandês, Oscar Wilde, “A melhor maneira de começar uma amizade é com uma boa gargalhada. De terminar com ela, também.”

Um escritor da Roma Antiga, Públio Siro, afirmava que: “A amizade que acaba nunca principiou.” Pois bem! Não principiou por causa de sua fundamentação! Por essa razão, disse Aristóteles: “quando desaparece o motivo da amizade, esta se desfaz, pois existia apenas como um meio para se chegar a um fim.” Parece-me claro aqui que uma das partes é usada (por ser útil) pela outra para aquisição de coisas individuais ou pessoais. Não vejo aqui um amigo certo, mas um incerto, e como se diz em um velho ditado: "Quando o amigo não é certo, um olho fechado e outro aberto." E bem aberto!

Apesar de eu acreditar que aja a possibilidade, disse: possibilidade, de um amigo incerto se tornar certo. E isso só se dá com a mudança de sua fundamentação na amizade. Mas de igual modo acredito que há a possibilidade deste amigo incerto ser um inimigo certo.

Digo mais, melhor é que saibamos qual a fundamentação da amizade que nos é oferecida, se ela é baseada no prazer, utilidade ou virtude, pois como diz outro ditado: "Um amigo falso é um inimigo secreto." E: Um amigo falso e maldoso é mais temível que um animal selvagem; o animal pode ferir seu corpo, mas um falso amigo irá ferir sua alma.” Buda. E como disse um filósofo moralista e historiador francês, Jean Rostand: “Um amigo e a pessoa a quem mais se da credito quando fala mal de nós.” Amigo aqui entre aspas, é claro! Pois o amigo não fala mal do outro a quem ama. E: “O amigo quer o nosso bem, mesmo quando nos fere; mas, quando um inimigo abraçar você, tome cuidado!” Provérbios 27.6

Então para que não surjam desagradáveis surpresas, decepções e lamentos, é bom que saibamos onde pisamos, porque "Mais prejudicial é o amigo fingido que o inimigo descoberto." Outro ditado.

É preciso muito cuidado, pois algumas amizades precisam ser totalmente evitadas: "Bem aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.” Salmo 1:1 Quando outros querem nos conduzir ao erro, precisamos sair correndo: "Foge da presença do homem insensato, porque nele não divisarás lábios de conhecimento. A sabedoria do prudente é entender o seu próprio caminho, mas a estultícia dos insensatos é enganadora. Os loucos zombam do pecado, mas entre os retos há boa vontade." Provérbios 14:7-9.

Já a amizade SEGUNDO A VIRTUDE só pode se estabelecer entre os homens que são “bons e semelhantes na virtude, pois tais pessoas desejam o bem um ao outro de modo idêntico, e são bons em si mesmos.” Aristóteles.

A amizade segundo a virtude, ou a amizade perfeita, como a chama Aristóteles, é perfeita “tanto no que se refere à duração quanto a todos os outros aspectos, e nela cada um recebe do outro, em todos os sentidos, o mesmo que dá, ou algo de semelhante.”

Assim, afirma Aristóteles: “Por uma extensão da palavra amizade, poderíamos dizer que a benevolência é a amizade inativa, não obstante, quando se prolonga e chega ao ponto da intimidade, ela passa a ser amizade verdadeira. Mas não se trata da amizade baseada na utilidade ou no prazer, pois a benevolência não se manifesta em tais condições.”

A perfeita amizade é a que subsiste entre aqueles que são bons e cuja similaridade consiste na bondade; pois esses desejam o bem do outro de maneira semelhante: na medida em que são bons (e são bons em si mesmo), porque assim se sentem em relação a eles, e não por uma mera questão de circunstâncias, assim, a amizade entre essas pessoas permanece enquanto elas são boas; e a bondade traz em si um princípio de permanência...

Encontra-se em posição de superioridade aquela que é motivada pelo bem, pois é duradoura. Enquanto a agradável e a útil, as pessoas buscam seus próprios interesses para terem alguém que lhes proporcionem prazer ou alguma utilidade. Não ama o amigo por ele mesmo, mas na medida em que ele pode proporcionar algum bem, utiliza a amizade para conseguir outra coisa, de modo que o amigo é tido como um meio; não como um fim.

Conforme o que disse Aristóteles: "... a amizade perfeita existe entre os homens de bem e os que são semelhantes a respeito da excelência. Estes se querem bem uns aos outros, de um mesmo modo. E por serem homens de bem são amigos dos outros pelo que os outros são. Estes são assim amigos, de uma forma suprema. Na verdade querem para os seus amigos o bem que querem para si próprios. E são desta maneira por gostarem dos amigos como eles são na sua essência, e não por motivos acidentais. A amizade entre eles permanece durante o tempo em que forem homens de bem; e, na verdade, a excelência é duradoura. Cada um deles é um bem absoluto para o seu amigo. Os homens de bem são absolutamente bons e úteis aos outros; também são agradáveis entre si, porque quem é absolutamente bom é também absolutamente agradável. (...) se, por outro lado, as ações dos homens de bem são iguais entre si ou pelo menos semelhantes umas às outras - então, tal amizade baseada na excelência é, com bom fundamento, duradoura, porque ela combina em si todas as qualidades que os amigos devem ter...”

As pessoas que ainda não alcançaram a bondade e a virtude tem amizades apenas segundo o prazer ou a utilidade, não tendo uma relação virtuosa, ou uma amizade perfeita. No entanto, segundo Aristóteles, os homens bons, por sua vez, pode estabelecer relações segundo o prazer ou a utilidade. Mas apenas os bons podem estabelecer uma amizade segundo a virtude. Neste sentido, já que Aristóteles discorre o assunto em um tratado de ética, fica clara a correspondência que há entre ética e amizade. Ser amigo é ser ético!

E por amizades acidentais são consideradas aquelas que se fundamentam no interesse derivado do amor a utilidade e não ao outro por si mesmo, assim elas são facilmente capazes de se fragmentarem quando uma das partes cessa de ser agradável ou útil, pois existia apenas como um meio para se chegar a um fim. O verdadeiro amigo quer as coisas boas e de bem a quem ele ama e o amigo por acidente as quer para si.

Num plano ainda mais elevado, a perfeita amizade constitui amizades por bondade, nas quais um amigo ajuda outro a viver uma melhor vida, que estende a mão para libertar e não aprisionar. Neste tipo de amizade, as pessoas querem o bem uma da outra. Essas pessoas que são assim amigas buscam verdadeiramente o bem do seu semelhante, e isso pelo simples fato de serem boas, elas “serão amigas por si mesmas, isto é, por causa de sua bondade.” (Aristóteles) e como disse o escritor de “O pequeno Príncipe” e piloto da Segunda Guerra Mundial, Antoine de Saint-Exupéry, a “Felicidade! É inútil buscá-la em qualquer outro lugar que não seja no calor das relações humanas... Só um bom amigo pode levar-nos pela mão e nos libertar."

Segundo os debates filosóficos, os amigos tinham o dever de ajudar o outro conquistar uma vida melhor, não uma vida melhor de coisas terrenas, mas uma vida de virtude. Então aqueles que têm amizade de verdade desejam o bem do amigo, de acordo com o fundamento da sua amizade, desse modo, aqueles cujo fundamento é o prazer e/ou a utilidade, não têm amizade realmente pelo outro, mas apenas na medida em que recebem um bem do outro, se esquecendo de seus deveres. Vale aqui acrescentar as sábias palavras de Sêneca que dizem: “Procurar a amizade pela utilidade que possa envolver, fugindo aos deveres que ela implica, é roubar-lhe toda a sua dignidade.”

Aristóteles afirmou: "Tais amizades são, de fato, raras, porque são poucos os homens desta estirpe. Além do mais, é preciso tempo e cumplicidade, pois, tal como diz o provérbio, não é possível que duas pessoas se conheçam uma à outra sem antes terem comido juntas a mesma quantidade de sal. Nem se pode reconhecer alguém como amigo antes de cada um se ter mostrado ao outro digno de amizade e merecedor de confiança. Pessoas que depressa produzem provas (exteriores) de amizade entre si querem ser amigos, mas não podem sê-lo logo. É preciso primeiro que se tornem dignos de amizade e se possa reconhecer neles essa mesma dignidade. O desejo de amizade nasce depressa, mas a amizade não." Sábio Aristóteles!

São poucas as probabilidades de amizade desse tipo, porque as pessoas desse tipo são raras, segundo considera o filosofo. Além disso, pressupõem-se todas as qualificações exigidas como o tempo e intimidade, pois, como diz Aristóteles, as pessoas não podem se conhecer até que tenha “comido juntas a mesma quantidade de sal”, nem podem de fato ser amigos, até que cada um se mostre ao outro e dê provas de ser objeto apropriado para a amizade.

Lembro-me agora de uma frase que traduz bem pra mim: “comido juntas a mesma quantidade de sal” que diz: "Seja cortês com todos, mas íntimo de poucos, e deixe estes poucos serem bem testados antes que você dê a eles a sua confiança. A verdadeira amizade é uma planta de crescimento lento, e deve experimentar e resistir os choques da adversidade antes de ser receber o nome de amizade." George Washington. E talvez como Confúcio disse: “Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade.”

Não adianta dizer-se amigo somente... Existem pessoas que alardeiam a amizade o tempo todo, e como disse Machado de Assis: “Não é amigo aquele que alardeia a amizade: é traficante; a amizade sente-se, não se diz.” Deste modo, todo cuidado é pouco com os traficantes de amizade em que cedo chegam com promessas de uma amizade verdadeira! Aqueles que iniciam apressadamente uma relação com gestos amigáveis querem ser amigos, mas não o são, ou seja, o desejo de amizade pode surgir rapidamente, mas não a amizade propriamente dita.

Recordando um pouco até aqui então: Aqueles cujo fundamento da amizade é o prazer, fazem pelo outro o que é prazeroso a si mesmo; ou seja, não em função daquilo que a pessoa é, mas na medida em que ela é agradável. Aqueles cujo fundamento da amizade é a utilidade, amam seus amigos pelo que é útil para si mesmo. Essas Amizades são, portanto circunstanciais: pois que o objeto não é amado por ser o que é, mas pelo que fornece de vantagem ou prazer, conforme o caso. Aqueles cujo fundamento da amizade é a virtude, amam o amigo por ele mesmo, e não por outra coisa e são bons em si mesmo.

A amizade, no seu sentido mais vasto, é hoje tão indispensável, ou mais indispensável, que no passado. Num mundo como o nosso, com relações tão abstratas e mercantilizadas. O espaço da amizade e o enriquecimento existencial que ela faculta, é-nos essencial. Ela é um processo de conhecimento e aprendizagem: “A amizade é o meio pelo qual cada um de nós aprende a conhecer-se a si mesmo como um outro” disse um Filósofo e pensador Frances, Paul Ricœur.

Somos seres dependentes de afetos, dependentes dos outros. Cícero dizia que “Um amigo é, ou é como se fosse, um segundo eu” E Tchuang-Tseu, filosofo chinês “Se não houver outros eu, não há eu”. O nosso eu só se concretiza e existe pelo eu dos outros, como um seu reflexo, já dizia o poeta inglês George Herbert, “o nosso melhor espelho é um amigo antigo.” Lembrando ainda da qualificação exigidas, o tempo.

Sem o calor da amizade e do amor, o mundo seria insuportável, lembra-nos também Aristóteles. Agora, parece que não é possível ser amigo de muitas pessoas, pelo menos no sentido pleno da amizade, porque não é fácil de agradar de modo totalmente satisfatório a muitos ao mesmo tempo. Mas falarei melhor sobre isso em outra oportunidade (Leiam o texto com o titulo “Panelinha!”).

Em relação às boas amizades, aos bons amigos, Aristóteles disse: “devemos tê-los tantos quantos pudermos...” Mas segundo ele o número desses amigos seria algo compreendido entre certos limites determinados. “Em relação aos amigos, igualmente, há um número limitado - talvez o maior número de pessoas com as quais se possa conviver (considera-se que a convivência é a característica por excelência da amizade), mas é óbvio que uma pessoa não pode conviver com muitas outras nem dividir-se entre elas.”

“Considera-se que as pessoas que têm muitos amigos e confraternizam intimamente com todos não são amigas sinceras de qualquer deles...” Segundo Aristóteles, os amigos só seriam sinceros se sua amizade fosse de fundamentação virtuosa, e ainda acrescenta, que mesmo assim seria impossível ter uma amizade excelente e/ou virtuosa com todas as pessoas “não se pode cultivar com muitas pessoas uma amizade baseada na excelência moral e no caráter de nossos amigos...” e sabiamente prossegue ele que “devemos dar-nos por felizes se encontrarmos uns poucos amigos desta espécie.”

É...! Quantos amigos eu pensei que tinha e quantos, a final, o são. Poucos são os que partilham comigo a excelência de sermos amigos sem outro qualquer interesse que não apenas o mesmo e comum ponto de vista sublime, a mesma e comum excelência aristotélica... Dou-me por feliz pelos poucos amigos desta espécie que tenho!

Embora essas palavras de Aristóteles tenham sido escritas há mais de dois mil e trezentos anos, continua atual. Podemos claramente reconhecer nossos próprios relacionamentos em suas palavras, fazer uma autocrítica e refletir sobre a banalização do sentimento de amizade nos dias atuais.

Partindo desse texto espero que façam uso adequadamente da palavra amizade em seu verdadeiro sentido para com aqueles a quem chamam de amigos.

E como tudo que é humano, a amizade contém em si a nossa ambivalência, as nossas contradições. Seja como for, a amizade não é apenas um ideal, que os infortúnios mostram ser ilusório. A amizade existe. Necessitamos dela, criamo-la, com diferentes conteúdos e diferentes exigências.

Podemos, em certos casos, pensar como Sartre, e dizer que “O Inferno são os outros”, ou dizer, como Benjamin Franklin, que apenas “há três grandes amigos na vida: “a velha esposa, o velho cão, e dinheiro à mão.” Mas, na sua essência, tais afirmações não deixam de ser posições de ocasião, reflexos de momentos e sentimentos desencantados do homem e da vida, que não anulam a nossa persistente procura de amizade, e a importância e necessidade que lhe atribuímos.

Não desistam nunca de fazer amigos, pois nessa insistência pode ser que encontre virtude, persistam sempre, pois “A persistência é caminho de êxito.” Charlie Chaplin

E para terminar, digo, que é sempre tempo para se dizer a um amigo o quanto ele significa em sua vida e o quão especial ele é. Então digo a vocês que partilham comigo dessa excelente e virtuosa amizade: Amo vocês gratuitamente e agradeço a Deus pela oportunidade de dividirmos nossas vidas! Agradeço a Deus por eu brilhar mais através de vocês, assim como Sócrates, acredito em que “Para conseguir a amizade de uma pessoa digna é preciso desenvolver em nós mesmos as qualidades que naquela admiramos.” Obrigada por me fornecerem qualidades tão essenciais a minha vida!

E lhes digo essas palavras, pois "Um homem deve manter suas amizades em constante manutenção." Samuel Johnson. E não se esqueçam, a amizade verdadeira traz benefícios mútuos: "Como o ferro com o ferro se afia, assim, o homem, ao seu amigo" Provérbios 27.17

Graça e Paz

Pra. Adriana Reis

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