sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Dias de mudança...

Uma questão: Como as igrejas devem desenvolver sua prática evangelizadora dentro do contexto de globalização e pluralismo religioso característico do Brasil?

Através da globalização vemos mudanças positivas que possibilitam a expansão do evangelho, por outro lado, a pluralidade das grandes tradições religiosas chega a nossos olhos, abrindo caminho para a concorrência entre diversas instituições religiosas que se lançam em uma competitividade, fazendo com que a religião, seja moldada pelo “gosto do freguês”, e isso amados irmãos não é nada bom!

Segundo percebo, o cristianismo é altamente relevante na sociedade contemporânea, para trazer de volta os fundamentos da sociedade segundo o coração de Deus e da moralidade, e para responder a questões que só o cristianismo pode responder. Contudo, num contexto pluralista em que vivemos, convicções como a minha têm sido continuamente questionadas hoje.

Muitos cristãos estão sendo acuados pelo caos teológico em que vivem a ponto de não terem coragem de assumir a verdade do cristianismo em face das pressões que sofrem em nossa sociedade pluralista. A sociedade contemporânea não aceita que haja um padrão de verdade e ninguém pode sair por aí pregando e vivendo a verdade. É assim o ambiente em que os nossos filhos estão crescendo. Em tal ambiente é extremamente difícil ser o povo da verdade.

Precisamos educar os nossos filhos e o povo de Deus a não terem medo de expressar a sua fé na verdade da Palavra de Deus. É exatamente para esse fim que o povo de Deus tem sido convocado: para falar da verdade e para vivê-la, afinal “o mundo é nossa paróquia” (John Wesley). Como um povo da verdade, os cristãos devem resistir à tentação de ficarem em silêncio. O silêncio e a hipocrisia podem minar a verdade, e o cristianismo pode vir a cair no descrédito. O protesto dos cristãos diante disso é urgente e absolutamente necessário, a fim de que Deus seja honrado através de nosso testemunho da verdade e vida na verdade.

Respondendo a questão

Diante de tantas mudanças, a Igreja cristã não deve se isolar, e sim proteger a verdade. Se ela se acovarda em uma caverna, como Elias fez diante das investidas de Jezabel, a igreja vai perder a sua verdadeira identidade.

Ela deve aceitar o desafio de contrariar o tempo presente, saindo para minar os campos alheios. Ela não deve isolar-se, porque se o fizer, estará negando a sua missão de ser proclamadora do reino, de ser sal no meio desta geração pervertida e corrupta. Ela não deve temer a crítica ou o desprezo. Ela tem que sair do gueto para ser luz! Se ela sair, não será destruída, porque o Senhor dela, na sua fidelidade, se encarregará de abençoá-la. O Senhor haverá de protegê-la enquanto ela lutar contra as outras "verdades" do pluralismo religioso e teológico.

A prática evangelizadora só se desenvolverá se a igreja for ativa, saindo do sono e indo ao encontro daqueles que ainda não experimentaram as boas novas de Cristo Jesus.

Estamos vivendo num tempo de muitas mudanças fundamentais. Portanto, precisamos obedecer à recomendação da Palavra de Deus de conhecer os tempos, que "já é hora de vos despertardes do sono..." (Romanos 13.11).

Graça e paz nestes dias.

Pastora Adriana Reis

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